White Dolphin venceu a Panerai Transat Classique 2012, a espetacular regata transatlântica para barcos clássicos e vintage organizada pelo Atlantic Yacht Club e apoiada pela Officine Panerai. Como prémio, o ketch Marconi de 1967 recebeu um Luminor 1950 Rattrapante 8 Days Titanio 47mm, uma edição especial, criada pela Panerai para este evento, com o logotipo Transat Classique no fundo da caixa. Tendo partido de Cascais exatamente às 12h00 do dia 2 de Dezembro, o White Dolphin chegou a Barbados às 15h49 de dia 23 de Dezembro à frente do Corto. Este sloop conseguiu ultrapassar o participante mais antigo da frota, o The Blue Peter (1930) que chegou em terceiro lugar.
White Dolphin segue os passos do Stiren, vencedor da regata anterior realizada em 2008, e acrescenta mais um capítulo à lenda da Panerai Transat Classique. Fez uma prova perfeita e terminou em primeiro lugar em tempo real e no tempo corrigido na etapa de Saint-Tropez para Cascais e na regata principal de Cascais para Barbados. Estas vitórias devem-se muito às magníficas linhas do ketch foi construído em 1967 no estaleiro Beltrami e acabado no estaleiro de Sangermani, ambos em Itália mas também à determinação, habilidade e entusiamo da tripulação. Liderados por Pascal Stefani, o proprietário, e Yann Delplace, skipper, Fred, Nicolas, Jean-Fabrice, Arnaud e Jordan demonstraram solidariedade e engenho para resolver os problemas técnicos que caracterizaram a travessia problemas no motor e gerador, vela rasgada e mastro partido. Mas também disfrutaram de alguns momentos memoráveis, com paisagens noturnas inesquecíveis, excelentes condições para surf e pores-do-sol espetaculares Pascal Stefani refere o que marcou mais esta regata foram as dificuldades. Tivemos de lutar ao longo da corrida, primeiro para alcançar e ultrapassar o The Blue Peter e depois para manter a nossa liderança afastando ao mesmo tempo os ataques do Corto e do Persephone, os dois rivais que nos ameaçavam no tempo corrigido. A nossa melhor opção era ir diretamente para Sul, indo pelo leste à volta das Canárias. Lá, encontrámos um pouco de vento, enquanto os nossos adversários ficaram presos em ares mais leves. Mas, mesmo se fosse um momento significativo, ainda tínhamos muito que fazer para ganhar a corrida.
Para a etapa final da regata, entre Cascais e Barbados, o vento soprava na maior parte do tempo na direção certa, no entanto as tripulações tiveram de suportar o mar agitado e cansativo. Os mais afetados foram os barcos mais pequenos da frota: às vezes era impossível cozinhar e dormir foi quase uma experiência de ginástica. Juliette Petres, do Cipango recorda-se bem: os três rapazes a bordo são pesos pesados e facilmente ficavam entalados nos beliches. Considerando que sou mais leve não conseguia parar de rolar de um lado para o outro. Mas apesar do desconforto, todos concordaram que foi uma magnífica aventura, especialmente Pascal Stefani, proprietário do White Dolphin e vencedor da Panerai Transat Classique 2012. Depois de receber o relógio Panerai com o logótipo da regata gravado Pascal deixou esta mensagem aos organizadores: Todos nós tínhamos o mesmo sonho, obrigada por nos ajudarem a torná-lo realidade. Um elogio comovente para todos aqueles que no Comet Organisation e no Atlantic Yacht Club trabalharam no duro para que o evento decorresse sem problemas.
Durante a cerimónia de entrega de prémios, que se realizou na soberba casa da praia decorada com as cores da Panerai para a ocasião, o ambiente foi emocionante. Quem estava presente ficou emocionado pelo visível nervosismo de Elizabeth e Matthew Kelman, de 7 e 6 anos respetivamente, quando receberam o prémio especial (de velejadores mais jovens da regata). A competição saudável e bem-humorada dos participantes esteve também em evidência, especialmente no caso de duas equipas que disputaram entre si uma verdadeira corrida dentro da regata. Gérald Ravache, o jovem proprietário do Gimcrack, presenteou Maurice Benzaquen proprietário do Cipango com um pedaço da vela balão e do gancho que durante as últimas etapas da regata os privou de ter qualquer esperança de cruzar a linha antes do seu rival mais próximo. Este presente é também símbolo de como as tripulações empurram os seus barcos, mas sempre com pleno conhecimento dos seus limites. Na verdade, muito pouco se quebrou nos barcos e ninguém ficou ferido.
Para alguns dos participantes, uma nova viagem começa agora com a partida para as ilhas Granadinas, enquanto outros seguem para a ilha de Martinica. Para o The Blue Peter o futuro passa pela temporada do Caribe que começa já a 21 de Janeiro com a Barbados Round the Island Race Valteam participa também seguindo para a Antígua Classic Yacht Regatta, um dos principais eventos do Panerai Classic Yachts Challenge. Os barcos vão manter-se ocupados até à próxima edição desta regata.
Classificação final da Panerai Transat Classique 2012
Nome- Ano -Arquiteto -Comprimento- Tipologia
1 – White Dolphin – 1967 -Vincenzo Beltrami- 20.2 m -yawl
2 -Corto – 1970- Dick Carter – 13 m -sloop
3 -The Blue Peter – 1930- Alfred Mylne -19.65 m -sloop
4 – Persephone – 1969- Dick Carter- 11.3 m- sloop
5 -Gweneven – 1975 -Olin Stephens – 11.6 m -sloop
6 -Valteam – 1965- Renato Levi – 22.25 m- yawl
7 – Gimcrack – 1961- David Simmonds -11.58 m -yawl
8 -Croix des Gardes -1947 -Henri Dervin- 15.3 m
9 – Cipango – 1966 -Franz Maas – 11 m -sloop
10 – Artaius- 1999 -Nigel Irens – 6.31 m- gaffer
11 -Marie des Isles -1973- Daniel Bombigher -20 m- gaff schooner
Categoria Rally
1- Red Hackle – 1989- German Frears – 18.28 m- ketch