Velejador solitário termina expedição “Montepio Mare Nostrum”

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O velejador solitário Ricardo Diniz, a bordo do “Montepio Mar”, chegou a Lisboa, na passada terça-feira, 11 de setembro, terminado assim a viagem em redor da Zona Económica Exclusiva de Portugal, que teve como objetivo sensibilizar os portugueses para a importância do mar na economia nacional.Durante 23 dias e 22 horas e 55 minutos, Ricardo Diniz percorreu perto de 5.000 milhas, numa viagem em que esteve sozinho a bordo aos comandos do “Montepio Mar”, um veleiro com 20 metros de comprimento, adquirido em França e totalmente remodelado nos Estaleiros Navais de Peniche.
Através da expedição Montepio Mare Nostrum, Ricardo Diniz quis destacar a importância do mar, sublinhando que Portugal não é apenas a parte terrestre que envolve o Continente, a Madeira e os Açores. Há muito mais para além disso: o mar português, 20 vezes maior que o território terrestre.
“Estou muito feliz que esta mensagem tenha chegado a tanta gente”, refere o velejador, aludindo às inúmeras palavras de estímulo que lhe foram dirigidas através das redes sociais.
Refere ainda que “Portugal também é mar” e que “esta missão foi muito importante para mim”, destacando a importância de “investir no que é português”. Como exemplo disso, menciona o apoio do Montepio, “sem o qual este projeto nunca teria avançado”, e o trabalho ”excecional” dos Estaleiros Navais de Peniche, que reformularam o veleiro em pouco mais de 100 dias.
Ricardo Diniz classifica a expedição Montepio Mare Nostrum que agora chega ao fim como “muito rica, com momentos preciosos”. O velejador não esquece “o pôr-do-sol mais maravilhoso da minha vida” ou os encontros com os golfinhos.
Por falar em animais, o velejador cita a Soneca Maria, a gatinha que o acompanhou na viagem, dizendo que “é muito meiga e que fez muita companhia”.
Se a viagem solitária de Ricardo Diniz teve como objetivo revelar aos portugueses a dimensão do mar exclusivo que rodeia o Continente, a Madeira e os Açores, a expedição “Montepio Mare Nostrum” pretendeu também sensibilizar os jovens para o património marítimo e para o potencial que Portugal tem ao investir no mar.
Segundo Ricardo Diniz, “esta expedição “Montepio Mare Nostrum” está carregada de simbolismo. Serviu para honrar o passado, mas com enfoque no futuro e em todo o potencial que temos para desenvolver como país. O mar é a nossa bandeira e é por este canal que temos de comunicar.”
O espírito de missão que envolveu este projeto foi prontamente acolhido pelo Montepio que, enquanto instituição do setor da economia social, procura contribuir para o desenvolvimento do país, apoiando projetos empreendedores.
Fernando Amaro, diretor de marketing do Montepio, considera que “hoje vivemos uma fase crucial. É estratégico e essencial aproveitarmos todos os nossos recursos e os laços tão dificilmente conquistados pelos portugueses de outrora. Só assim acreditaremos num Portugal futuramente forte. Esta parceria é uma forma de contribuirmos para essa redescoberta, evidenciando o orgulho em sermos portugueses e, mais concretamente, na nossa herança e riqueza marítima. É no mar que temos de investir para assegurar o futuro.”

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