O primeiro Soyuz a descolar do Porto Espacial Europeu, na Guiana Francesa, já foi levado para a plataforma de lançamento. O foguete que irá lançar em órbita os primeiros dois satélites do sistema de navegação Galileo está a postos, para ser lançado a 20 de Outubro.
As três etapas do Soyuz ST-B foram transportadas horizontalmente desde o edifício de montagem através de uma linha férrea com 600 metros de comprimento. O veículo foi então erguido até à sua posição de lançamento.
Na semana passada, os dois satélites da Validação em Órbita (IOV), unidos ao mecanismo de separação, foram instalados na etapa superior do lançador, Fregat-MT. Depois disso, o conjunto foi encapsulado pelo revestimento de protecção.
Este Conjunto Superior foi transportado até à plataforma de lançamento, sendo ligado ao veículo de lançamento, completando-se assim o primeiro Soyuz a ser lançado do Porto Espacial Europeu.
A nova torre móvel, construída especificamente para as operações do foguete na Guiana Francesa, também protege os satélites e o veículo do ambiente húmido dos trópicos.
Nos próximos dias irá ser feito um ensaio completo do lançamento, incluindo a preparação para o abastecimento de combustível do veículo, uma manobra que começará quatro horas e meia antes da descolagem.
Será um lançamento histórico por dois motivos: sera o primeiro lançamento de um Soyuz fora dos locais de lançamento em Baikonur, no Cazaquistão ou Plesetsk, na Rússia e o início da construção da constelação europeia de navegação por satélite, Galileo.
O Soyuz é um veículo de classe média, que vem complementar os lançadores Ariane e Vega, aumentando a flexibilidade e competitividade da família de lançadores europeus.
No próximo ano, será lançado o segundo par de satélites. Estes quatro primeiros satélites servirão como teste ao sistema Galileo, antes de serem lançados os restantes 26 satélites da constelação.
Este quarteto de satélites, construído por um consórcio dirigido pela EADS Astrium Alemanha, irá formar o núcleo operacional da constelação completa do Galileo.
Credits: ESA – S. Corvaja, 2011