Tubarão-Zebra chega ao Oceanário de Lisboa

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O Oceanário de Lisboa recebeu um novo inquilino que se juntou ao aquário central, o tubarão-zebra (stegostoma fasciatum). Esta espécie, ameaçada na natureza, integra um programa europeu de reprodução de espécies entre aquários. Desta forma, o Oceanário de Lisboa reforça o seu compromisso de contribuir para a conservação do oceano e proteção da biodiversidade marinha.
Todos aqueles que visitarem o Oceanário de Lisboa poderão conhecer o novo tubarão-zebra, que já é um animal viajado. Proveniente de um ovo posto no Shedd Aquarium, em Chicago, este ovo de tubarão-zebra foi transferido para o aquário The Deep, em Inglaterra, onde nasceu, em dezembro de 2015. Chegou ao Oceanário de Lisboa em março de 2016, com apenas 340g e 45cm, onde a equipa de biólogos e veterinários têm acompanhado e monitorizado a sua evolução. Agora, com 17kg e cerca de 1,70m, junta-se aos outros habitantes do aquário central.
Segundo a IUCN – União Internacional para Conservação da Natureza, o Tubarão-zebra é uma espécie em perigo de extinção. Este é utilizado fresco e seco para consumo humano e também como farinha de peixe. O seu fígado é processado como vitaminas e as barbatanas, quando secas, utilizadas para comércio. A pressão da pesca constitui por isso uma ameaça constante para esta espécie.
O Oceanário tem vindo, desde 1998, a participar e a coordenar programas de monitorização e reprodução de espécies marinhas, tendo um papel fundamental na recolha e partilha de informação entre aquários, essenciais para a monitorização das populações, mas também para aumentar o conhecimento sobre a biologia destes animais. O tubarão-zebra agora introduzido no aquário integra o programa europeu de reprodução desta espécie (European Studbook).

Fotografia: Pedro A. Pina

Fotografia: Pedro A. Pina

O tubarão-zebra
Os tubarões-zebra juvenis têm o corpo claro, com bandas transversais pretas, semelhantes às de uma zebra. Só em adultos adquirem o padrão característico da espécie, corpo claro com manchas escuras. Este nada lentamente e durante o dia é frequente encontrá-lo junto ao fundo, com a boca virada contra a corrente, de modo a respirar sem esforço. Os ovos funcionam como cápsulas, encontram-se protegidos e são depositados no fundo, onde se fixam até à eclosão. O seu corpo e cauda são muito flexíveis e permite-lhe esgueirar-se dentro de fendas e buracos estreitos, onde repousa ou procura as suas presas.

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