As embarcações estacionadas a seco no Estaleiro de água de Pena, começaram já esta semana a regressar à água e a instalar-se na Marina da Quinta do Lorde.
Os participantes e suas equipas técnicas já chegaram à Madeira para dar início aos trabalhos de preparação nos barcos e poderem regressar à água.
Os 17 membros da organização francesa “Rouges” e da imprensa internacional chegaram no passado dia 17 de Janeiro à Região. São esperadas na região cerca de 250 pessoas entre participantes, acompanhantes e organização.
Largada a 24 de Janeiro rumo à Martinica
As 87 embarcações participantes irão proporcionar um belo espetáculo de largada já no próximo dia 24 de Janeiro pelas 11h em frente à Marina da Quinta do Lorde, prosseguindo até à baía de Machico onde rondarão uma boia antes de prosseguirem para a Martinica.
A largada será dada pela organização Francesa em cooperação com a Associação Regional de Vela da Madeira, e com o apoio da Marinha Portuguesa e da Capitania do Porto do Funchal, a qual assegurou desde logo o NRP CUANZA para acompanhar a largada e o percurso das embarcações nas primeiras milhas.
A APRAM é também parceira nesta 2ª etapa com a disponibilização do rebocador junto à boia de rondagem em Machico para proporcionar um belo espetáculo com canhão de água à passagem dos barcos em forma de despedida da Região.
Transquadra – Edição 2014/2015 celebra 20 Anos com a Região
A TRANSQUADRA é uma regata Trans-Oceânica que se disputa de três em três anos, em solo ou duplo, para skippers não profissionais, com mais de quarenta anos.
O percurso idealizado pela organização, com 2 etapas distintas e distanciadas por 6 meses, permite aos participantes organizarem-se profissionalmente por forma a poderem participar num evento que atravessa o Atlântico.
A 1ª etapa com 1100 milhas náuticas liga França à Região Madeira, em finais de Julho, com a invernagem dos barcos na Região por 6 meses, e a 2ª etapa com 2600 milhas náuticas no ano seguinte em Janeiro com a ligação à Martinica.
Na edição de 2011/2012, e por via do pedido de alguns participantes foi introduzida uma alteração á 1ª etapa com 2 largadas distintas: uma do Atlântico em França e outra do mediterrâneo, Espanha com as 2 frotas a se reunirem no final da 1ª etapa na Madeira.
A Transquadra celebra nesta 8ª edição, 20 anos de ligação com a Região Madeira.
Desde 1993 que a organização francesa “os Rouges” têm dado um importante contributo na promoção da Madeira enquanto destino turístico mas também como Região privilegiada para a realização de eventos náuticos internacionais.
Aqui na Região e desde a 1ª edição, tem sido Jorge Caldeira, Vice-Presidente da Associação Transquadra, o “pai” da regata, o qual trabalhou incansavelmente ao longo destes 20 anos para assegurar que este evento náutico crescesse em número e dimensão.
Sendo a mais antiga Transat Francesa a passar pela Região, a Transquadra colocou definitivamente a nossa Região no mapa de destino turístico junto dos nautas franceses e suas famílias, e só nas 8 edições trouxe à Região cerca de 7500 pessoas.
Impacto económico relevante na Região
O orçamento da Transquadra ascende a mais de 1 milhão e 500 mil euros, dos quais 60% é assumido pelos participantes, 18% assumido pelos parceiros locais (Saint Nazaire, Turismo da Madeira, e Comité do Turismo da Martinica) e 22% pelos parceiros comerciais (incluindo as Marinas e Estaleiros da Quinta do Lorde).
O impacto económico na Região em cada etapa é relevante e não se limita ao plano desportivo (ou seja gastos com as estadias nas marinas e estaleiros e reparações). Pelo contrário a economia local é alavancada com a passagem deste evento pela Madeira, seja ao nível de restauração, alojamento, aluguer de viaturas, shopping e compra de atividades e experiências na Madeira.
Este impacto económico imediato é em muito determinado pelo perfil socio económico dos participantes e dos familiares que se deslocam à Região para acompanhar a chegada e partida dos barcos. São turistas da classe média-alta, proprietários de empresas e profissionais liberais que procuram na Madeira realizar outras atividades (em terra e no mar), e ainda conhecer a cultura (visitar museus) e gastronómicas (adeptos de Vinho Madeira)
De acordo com um realizado junto dos participantes e organização na edição de 2011/2012, o gasto médio diário por cada participante aquando cada etapa foi de 80 euros.
Na 1ª etapa, estão na Região em média 450 pax, por um período médio de 12 dias, o que se traduz num impacto económico de 432.000 euros.
Já na 2ª etapa, em Janeiro, o nº de pessoas na Região baixa para 250 e o tempo médio de estadia é de 7 dias, com um impacto económico estimado de 140.000 euros.
Ou seja por cada edição o impacto económico na Região ascende a mais de meio milhão de euros.
Adicionalmente, o interesse mediático sobre a Regata tem colocado o nome da Região em diversos meios de comunicação social internacional e aumentado o interesse da população em geral pela Madeira enquanto destino Turístico
São Inúmeras as publicações e revistas com artigos sobre a Madeira e Porto Santo.
Só na 1ª etapa desta 8ª edição em Julho/Agosto passado, os números de promoção externa junto dos media internacionais são significativos:
– Imprensa náutica: 75 páginas
– Websites desporto e náutica: 110 páginas
– Imprensa Regional: 97 artigos
– Imprensa Nacional: 13 artigos
– Televisão: 13 reportagens
– Rádios. 26 Reportagens e entrevistas
Para esta 2ª etapa estarão na Região os jornalistas das principais revistas de especialidade francesas, nomeadamente: Voiles et Voiliers e Voile Magazine.
Fonte: Marina Quinta do Lorde