Ao analisarem duas das imagens mais profundas do Universo, obtidas com o auxílio do telescópio espacial Hubble, uma equipa de astrónomos descobriu uma “mina de ouro” de galáxias. Estas galáxias (mais de 500) formaram-se quando o Universo tinha apenas 7% da sua idade actual (13,7 mil milhões de anos), o que corresponde a menos de mil milhões de anos após o Big Bang. Como tal, este grupo recém-descoberto representa a compilação mais abrangente de galáxias no Universo jovem.Cientificamente, esta descoberta é de uma importância extrema para a compreensão da origem das galáxias, considerando que há apenas uma década a formação de galáxias no Universo jovem era praticamente um terreno desconhecido. Os astrónomos nunca tinham sido capazes de observar uma galáxia que tivesse existido quando o Universo tinha apenas mil milhões de anos. Agora, a descoberta de 500 destes objectos representa um passo significativo para os cosmólogos.
As galáxias reveladas pelo Hubble são mais pequenas do que as actuais galáxias gigantes, e com tons bastante azulados. Este tom azul indica uma formação estelar explosiva. As imagens obtidas aparecem em tons de vermelho devido à tremenda distância a que estes objectos se encontram da Terra. A luz azul das suas estrelas jovens levou aproximadamente 13 mil milhões de anos a chegar até nós, e durante a sua jornada esta mesma luz foi desviada para comprimentos de onda na banda do vermelho devido à expansão do espaço.
Fonte: Astronovas.