O segundo satélite Sentinel-1 – Sentinel-1B – foi lançado no final do mês de abril para fornecer uma maior ‘visão radar’ no âmbito do programa ambiental Europeu Copernicus.
O Sentinel-1B descolou no foguetão Soyus a partir do Spaceport Europeu em Kourou, Guiana Francesa, às 21:02 GMT (23:02 CEST), separando-se da parte superior do foguetão Fregat 23min e 35seg depois.
O Sentinel-1B junta-se então em órbita ao seu irmão gémeo, Sentinel-1A, para fornecer informação para numerosos serviços, desde a monitorização de gelo em mares polares até ao rastreamento de aluimento de terras; e para resposta a desastres, tais como, cheias.
“O lançamento do Sentinel-1B é mais um marco importante uma vez que esta é a primeira constelação que realizámos para Copernicus”, disse Jan Woerner, Diretor Geral da ESA.
“Ao orbitarem 180° afastados, os dois satélites otimizam a cobertura e entrega de dados para serviços que estão a fazer a diferença na maneira como o nosso ambiente é gerido.”
Ambos os satélites transportam um radar avançado que fotografa a superfície da Terra através de nuvens e chuva, independentemente de ser dia ou noite.
Durante o lançamento, a antena radar de 12 metros e duas asas solares de 10 metros pertencentes ao satélite mantiveram-se dobradas para caberem na camada protetora do foguetão Soyuz. As asas solares e o radar abrem em conjunto numa cuidadosa sequência que levará cerca de 10 horas a completar.
Agora que o Sentinel-1B foi colocado em órbita em segurança, a equipa de controladores do centro de operações da ESA, na Alemanha, irá assegurar que tudo funciona corretamente e gerir o satélite para as operações.
Wolker Liebig, Diretor da ESA dos Programas de Observação da Terra, declarou, “Temos visto alguns resultados admiráveis do Sentinel-1A. Há apenas duas semanas atrás, por exemplo, capturou imagens de grandes massas de gelo flutuantes a romperem da plataforma de gelo Nansen da Antártica.”
Uma vez que a Antártica está prestes a entrar no inverno e as horas de luz do dia estão a ficar mais curtas, as imagens radar são vitais para verificar as mudanças que estão em curso.
“Com o Sentinel-1B em órbita iremos receber o dobro da quantidade de dados e atingir uma cobertura global em seis dias.”
“Este é o quarto satélite que lançámos para Copernicus em apenas dois anos e este lançamento é certamente um momento especial porque completa a constelação Sentinel-1.”
O lançamento do Sentinel-1B também proporcionou a oportunidade de levar outros pequenos satélites para o espaço.
Três CubeSats tiraram partido do lançamento. Estes pequenos satélites, os quais medem apenas 10x10x10cm, foram desenvolvidos por equipas de estudantes universitários através do programa ‘Fly Your Satellite!’, dirigido pelo Gabinete de Educação e Gestão de Conhecimento em colaboração próxima com universidades Europeias.
Os três CubeSats são: OUFTI-1 da Universidade de Liege, Bélgica; e-st@r-II do Politécnico de Turino, Itália; e AAUSat-4 da Universidade de Aalborg, Dinamarca.
“Mais importante ainda, o programa está a ajudar a educar a próxima geração de cientistas e engenheiros ao transferir os conhecimentos da ESA na planificação, construção, testes, lançamento e manipulação de satélites,” afirmou Piero Galeone, Chefe da Unidade Terciária de Educação da ESA.
“Desta maneira estamos a ajudar a moldar os futuros trabalhadores do espaço ao permitir que os estudantes experienciem o ciclo de vida completo de um projeto espacial real, de acordo com os padrões da ESA.”
O outro satélite que também hoje aproveitou boleia é Microscope, da agência espacial francesa, CNES. Fonte: ESA