A Comunidade Portuária de Lisboa – CPL realizou na Gare Marítima de Alcântara, o seminário “Porto de Lisboa – Desafios e Afirmação”, que contou com a presença da Ministra do Mar, Ana Paula Vitorino.
Neste encontro, em que participou toda a direção da CPL, liderada por Rui Raposo, Lídia Sequeira, presidente da APL, Augusto Mateus, economista, Ana Cristina Trovão, Diretora da Alfândega Marítima de Lisboa, Luís Figueiredo, administrador do grupo ETE, Rui D´Orey, presidente da Agepor, Paulo Paiva presidente da Apat e os presidentes das câmaras de Almada, Joaquim Judas, Barreiro, Carlos Humberto e Loures, Bernardino Soares, debateu-se a maior aproximação entre o porto e os 11 municípios que o rodeiam.
A Ministra do Mar, evidenciando otimismo, salientou os resultados do porto de Lisboa, com um notável crescimento que revela que o porto de Lisboa está a deixar de ser o “patinho feio” das estatísticas, aludindo aos primeiros quatro meses de 2017, nos quais o porto da capital conseguiu crescimentos na ordem dos 10% face ao mesmo período de 2016.
Ana Paula Vitorino sublinhou ainda que pretende que o porto de Lisboa seja “um motor de desenvolvimento e um polo agregador do desenvolvimento à escala regional e nacional”.
Conscientes da importância que o Porto de Lisboa representa para a cidade, para a área metropolitana de Lisboa e para o país, o presidente da Comunidade Portuária salientou que este seminário teve como objetivo fazer uma análise sobre o futuro do porto, “criando pontes com os vários parceiros e agentes envolvidos, de forma a podermos afirmar o nosso porto junto dos armadores estrangeiros, garantindo-lhes a estabilidade das operações e a confiança nas suas escalas.” Rui Raposo sublinhou ainda que “o porto de Lisboa deve reafirmar-se nas cadeias logísticas, contribuindo para dinamizar economia regional e nacional”.
Ao longo do Seminário foram debatidos e apresentados vários projetos de investimento para o porto de Lisboa e Lídia Sequeira assegurou que a dependência dos combustíveis fósseis nos navios está a mudar e a vantagem competitiva de cada porto vai estar influenciada pela capacidade de abastecer navios com combustíveis não fósseis, como o Gás Natural. A presidente da APL referiu ainda que o abastecimento de GNL (truck to Ship e Ship to Ship) já tem atores com essa apetência em Portugal e já há reuniões a decorrer nesse sentido.
Nas diferentes intervenções do seminário da CPL ficou ainda expresso que o futuro do Porto de Lisboa passa por ser um agregador e facilitador das atividades económicas que potenciam a utilização do modo marítimo, aproveitando a sua localização geográfica e a proximidade do maior centro de consumo do país.