SeaEO: À descoberta dos golfinhos

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No rio Tejo, Doca de Santo Amaro, existe uma empresa marítimo-turística que se dedica à observação de golfinhos. A Sea EO – Estuary Odyssey foi formada e é dirigida por biólogos marinhos, que têm pelo mar uma grande paixão.

Embarque, na Doca de Santo Amaro, na embarcação semi-rígida equipada com dois motores.

Atualmente, a empresa tem três diferentes propostas de programas (observação de golfinhos, observação de aves e um cultural dedicado a Lisboa) mas, é o da observação de golfinhos que atrai mais pessoas. Com uma clientela maioritariamente estrangeira, a Sea EO aposta também no mercado nacional e, na nossa saída, 4 dos 10 clientes eram portugueses.
Mar calmo e sem vento foi o cenário do nosso passeio de 43 milhas náuticas e cerca de 3 horas. Sidónio Paes, o nosso skipper e fundador da empresa, deu as boas vindas a bordo e fez o briefing do passeio no que diz respeito à observação propriamente dita e à segurança a bordo. Tudo pronto rumámos a Cascais.

Golfinho comum.

No nosso trajeto, feito a uma velocidade moderada, tivemos a oportunidade de ver as belezas arquitetónicas implantas nas margens do tio Tejo e cruzar com um dos inúmeros paquetes de cruzeiro que visitam a capital. Nestas coisas de observação de golfinhos é muito importante a experiência do skipper pois, os golfinhos não estão sempre nos mesmos locais e, por isso, a observação do mar e das aves que nele se alimentam é muito importante. Normalmente, o avistamento de aves a alimentarem-se é sinónimo que existem golfinhos por perto. Após 12 milhas a navegar tivemos o nosso primeiro avistamento a sul de Cascais (perto da boia de espera). Golfinhos comuns (Delphinus delphis L.) num grande atividade de alimentação mostraram alguma curiosidade pelo barco aproximando-se de vez em quanto. Feitas as fotografias e, após alguns minutos observando o seu comportamento, fomos à procura de mais. Navegámos para sul e, às 17 milhas encontrámos mais golfinhos mas, desta vez Golfinhos-riscados (Stenella coeruleoalba). Esta espécie é muito semelhante, em termos de forma e dimensão, ao golfinho-comum mas difere na tonalidade da pele e no comportamento (menos curioso). O riscado é mais exuberante saltando, na vertical, com grande frequência.

Sidónio Paes é um skipper sempre atento.

No trajeto de regresso, o nosso skipper optou por fazer uma navegação mais junto a terra e próximo da Fonte da Telha e Caparica. Tivemos um terceiro avistamento de golfinhos comuns e o regresso ao estuário do Tejo fez-se pela entrada Sul com uma aproximação ao Farol do Bugio. Já a navegar no estuário foi tempo de rever a “matéria dada” com o biólogo Francisco. Falou-se de diferenças entre golfinhos e baleias e as suas origens!
Uma manhã bem passada na companhia de uma tripulação profissional e conhecedora.
Mais informação em https://seaeo-tours.pt/boat-tours/

O nosso percurso com cerca de 43 milhas náuticas.

 

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