A Grécia foi o País escolhido pelo grupo Brunswick para apresentação aos jornalistas da imprensa europeia dos novos modelos para 2008 das suas marcas Sea Ray, Boston Whaler, Baja e Sea Pro
De 16 a 19 de Maio, na maior concentração até à data, 60 jornalistas de 20 países e representando 45 revistas estiveram reunidos no complexo Astir Palace para efectuarem testes aos novos modelos.
A abertura desta apresentação que teve o acolhimento da empresa Kappa Marine, representante da Sea Ray na Grécia, foi feita por Rick Stone Presidente do Grupo Sea Ray, Rob Parmentier, Vice-presidente executivo do grupo Sea Ray e Baja, contando ainda com a presença de John Ward Presidente da Boston Whaler e do Presidente da Sea Pro, Sea Boss, Laguna e Palmetto.
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Os modelos apresentados no Press Event em Atenas
Sea Ray 375 Sedan Bridge
Sea Ray 335 Sundancer
Sea Ray 240 SS
Sea Ray 230 Select
Sea Ray 220 SS
Sea Ray 175 BR
Boston Whaler 320 CC
Boston Whaler 299 Dauntless
Boston Whaler 190 Montauk
Sea Pro 33 Palmetto
Sea Pro SV 2100 Bay
Baja Performance 405
RobParmentier |
A Náutica Press fará a apresentação destes modelos ao longo das próximas semanas.
O Press Event na Grécia foi uma oportunidade óptima para conversar com Rob Parmentier focando o posicionamento no mercado mundial bem como estratégias de desenvolvimento do Grupo.
Náutica Press – Qual a posição da Sea Ray no mercado americano em números e no mercado internacional?
Rob Parmentier– Na realidade não posso dar-lhe um número concreto quanto à Sea Ray, não estamos autorizados. O que posso dizer-lhe é que o Grupo é maior empresa do mundo tanto em volume como em dólares.
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A posição da Sea Ray no mercado americano é boa e a nível internacional a Sea Ray está equiparada ao Grupo Béneteau em França ou ao Grupo Azimut em Itália. Estamos muito bem posicionados no mercado do Médio Oriente exaequo com a Azimut.
N.P. – Sabemos que a posição no mercado Europeu é francamente boa. Quais as principais marcas concorrentes? Americanas e europeias?
R.P. – Quanto à Europa a nossa posição está a melhorar, estamos a trabalhar com muito empenho. Na apresentação que fizemos para a imprensa os números que avançamos são surpreendentes. Estamos a preparar o lançamento de 8 novos modelos para 2008, estamos a construir barcos muito bons, com um nível de credibilidade e qualidades inquestionáveis. O cuidado que temos quando trabalhamos
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a fibra, os sistemas eléctricos, os sistemas de propulsão, etc
Temos concentrado a nossa atenção nos últimos 2 anos na introdução para o mercado europeu e nas nossas gamas mais baixas de pormenores tipicamente europeus, com mais sofisticação e um design muito ao estilo italiano, designadamente solários com melhor aspecto, inversores, vigias abertas, etc. o que nos vai ajudar bastante neste mercado específico.
Na Europa as nossas principais marcas concorrentes dentro das gamas médias altas são Azimut, Princess, Fairline, Sunseeker, Bavaria e a Cranchi. Na América a Chaparral a Regal e a Owens. Nas dimensões mais pequenas são inúmeras, estamos a falar dum universo de 800 fabricantes de barcos pequenos.
Palmetto |
N.P. – Verificamos que a Sea Ray está a introduzir uma série de novos modelos para 2008, mas sempre num segmento que não vai além dos 60 pés.
Com as tendências actuais dos mercados a nível mundial de quererem sempre maior existe estratégia da vossa parte para acompanhar esta tendência?
R.P. – Tive precisamente na semana passada uma reunião com o nosso grupo de projectos por causa da questão dos nossos comprimentos não irem além dos 68 pés. Vamos trazer de novo um modelo de 68 para o mercado mas com novo layout interior efectuando algumas alterações de pormenor e relançando-o. Na realidade a Sea Ray já está a trabalhar com o intuito de entrar nesse segmento de mercado até porque temos que acompanhar a tendência. Gostaria no entanto de salientar que mesmo assim a Sea Ray tem-se dado bem ao longo dos anos a questão a que temos que estar atentos é que sendo o nosso lema The Everything Brand pressupõe uma marca que tem um produto que vai ao encontro das pretensões e todos os clientes. Temos cerca de 31 modelos muito diferentes que acabam por ter um tempo de vida de aproximadamente 4 anos o que nos obriga a
SeaPro |
apresentar 8 a 10 modelos diferentes ao ano e ter uma equipa de design muito ágil e sempre a trabalhar em novos projectos se queremos continuar a ser nº 1. Alguns dos nossos representantes só vendem modelos Sea Ray precisamente pelo número de modelos diferentes que apresentamos. Cada vez mais este aspecto é compulsório, temos que ter a certeza de que todos estão a vender a nossa marca de forma efectiva e temos que proceder a todas as mudanças que forem sendo necessárias, não temos alternativa neste mundo tão globalizado em que a informação chega tão rapidamente a todo o lado.
Tal como mencionei na minha apresentação, o mercado americano tem uma apetência cada vez maior por tudo o que é europeu e os europeus gostam de algumas coisas americanas ao nível do design, temos que aferir estes aspectos e adoptá-los na nossa produção de forma constante. Aqui a relação com a nossa rede de representantes é extremamente importante. Numa base sistemática recebemos informações de como os clientes reagem aos nossos modelos.
Estamos em quase todos os países do mundo o que nos deixa muito orgulhosos. Onde quer que me desloco existe sempre alguém que representa a nossa marca. Montar esta rede deu muito trabalho, só para ter uma ideia tenho mais 9 viagens internacionais até final do ano. Daqui a 2 semanas vou estar na Rússia, depois na Noruega e na Suécia.
N.P. Pode falar-nos um pouco desses mercados?
R.P. – A Rússia é um mercado muito grande e continua a crescer. Este ano é capaz de ser o nosso melhor dealer ao nível europeu o que é espantoso. Tem uma classe média emergente muito grande mas tal como nos restantes países da Europa o problema são os locais onde amarrar e guardar barcos.
Até aqui na Grécia é um problema, estão-se a vender mais barcos mas não existem locais onde os colocar.
Só para ter uma ideia estamos a vender muito bem no Médio Oriente. Estive há pouco tempo no Koweit, país com águas extraordinárias e locais lindíssimos mas onde existem apenas 4 marinas. O mercado funciona, toda a oferta tem procura e podemos vender muitos mais barcos desde que sejam feitas as marinas.
Estamos a fomentar que os nossos representantes façam um trabalho de sensibilização junto das entidades governamentais no sentido de serem facilitadas infra-estruturas para a náutica de recreio. Por exemplo no Dubai esta politica já resultou.
Estive também com o nosso representante em Pescara que me apresentou o projecto de Génova onde estão a construir uma marina para 1500 lugares. É o primeiro projecto que vi em Itália com esta dimensão assim que estiver pronta vai estar completamente cheia.
Tal como estamos a fazer na América podemos fazer com que estes projectos sejam verdes. Temos a tecnologia suficiente para isso.
Rob Parmentier |
N.P. E em Portugal Espanha?
Quanto ao nosso representante para Portugal e Espanha Marina Marbella, estive no ano passado em Espanha que é um mercado muito importante para nós. Quanto à nova Marina de Setúbal penso que está na recta final, tem sido muito moroso o processo e assim que estiver pronta irei visitar e eventualmente poderemos marcar encontro aí.
O importante e que pode fazer a diferença é em cada país fazer entender aos governantes, e aí a comunicação social pode ajudar, o quanto os projectos de portos e marinas são importantes, não só para quem vende os barcos mas para as populações locais, criando postos de trabalho e atraindo o turismo náutico que é factor de desenvolvimento para os locais onde os projectos se inserem.
A experiência e força do Grupo Brunswick permitiram à Sea Ray obter os recursos para poder contratar os melhores da indústria bem como fazer os investimentos necessários e assim ousarem deter a liderança.
Actualmente com uma estratégia muito forte, o objectivo é assumirem uma posição global. Fábricas na Polónia e na China vão iniciar a produção em 2008 dos modelos 225 DA e 175 respectivamente.
Nesse momento contam já com uma rede de 86 representantes em 61 países.