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Os três satélites da constelação Swarm da ESA foram lançados, no dia 23 de novembro, por um foguete russo Rockot. Durante quatro anos, irão monitorizar o campo magnético da Terra, das profundezas do núcleo do nosso planeta até à alta atmosfera.
Os satélites Swarm irão dar-nos uma visão sem precedentes da forma complexa como funciona o escudo magnético que protege a nossa biosfera de partículas carregadas e da radiação cósmica. Irão fazer medições precisas para avaliar o seu atual enfraquecimento e perceber de que forma contribuem para alterações globais.
O lançador Rockot descolou do porto espacial de Plesetsk no norte da Rússia, às 12:02 GMT (13:02 CET), a 22 de novembro.
Noventa e um minutos depois o andar superior Breeze-KM libertou os três satélites até a uma órbita circular, próxima do círculo polar ártico, a uma altitude de 490 km.
O contacto com o trio foi estabelecido alguns minutos mais tarde, através da estação de Kiruna, na Suécia, e depois com a estação de Svalbard na Noruega.
Os três satélites são controlados por equipas da ESA no Centro de Operações Espaciais Europeu em Darmstadt, na Alemanha. Algumas horas após a descolagem, desenrolaram os instrumentos de quatro metros de comprimento. Nos próximos três meses, as cargas científicas serão verificadas e eles irão deslocar-se para as respetivas órbitas operacionais.
O par inferior irá voar em formação, lado a lado, a cerca de 150 km (10 segundos) de distância, no equador, e a uma altitude inicial de 460 km, enquanto o satélite superior irá subir a uma órbita de 530 km.
O Swarm irá colmatar uma falha na nossa visão do sistema Terra e na monitorização dos assuntos de alterações globais, notou Volker Liebig, diretor de observação da Terra da ESA.
Irá ajudar-nos a compreender melhor o campo que nos protégé das partículas e da radiação que vem do Sol.