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A 22 de Outubro de 2001, o Proba foi lançado para testar tecnologias no âmbito do Programa Geral de Tecnologias de Suporte da ESA. Uma vez em órbita, contudo, o desempenho e as capacidades únicas do pequeno satélite tornaram evidente que ele poderia dar grandes contributos para a ciência. O seu tempo de vida nominal foi, assim, alargado para que ele funcionasse como uma missão de Observação da Terra.
Embora o Proba (Project for On Board Autonomy – Projecto para Autonomia a Bordo) tenha sido originalmente construído para uma missão de dois anos, o extraordinário desempenho da sua plataforma permitiu-lhe continuar totalmente funcional e cientificamente produtivo, provando que os satélites pequenos podem ser utilizados tanto para testar novas tecnologias de baixo custo como para conduzir missões espaciais.
Medindo apenas 60 x 60 x 80 cm, o Proba executa de forma autónoma operações de orientação, navegação, controlo, planeamento a bordo e gestão de recursos de carga útil. Os seus dois instrumentos de obtenção de imagens o Espectrómetro Compacto de Imagens de Alta Resolução (CHRIS) e a Câmara de Alta Resolução pancromática (HRC) forneceram mais de 10.000 imagens de mais de 1.000 locais. Os seus dois instrumentos de medição do ambiente da Terra, o Monitor de Radiação Ambiental Padrão (SREM) e o Avaliador de Resíduos (DEBIE), obtiveram também resultados significativos.
O Futuro
Os recentes êxitos das missões com satélites pequenos indicam que o sector atingiu a maturidade nos últimos anos, dando a entender que o desenvolvimento destes satélites de baixo custo assumirá uma grande importância. A comunidade de utilizadores do Proba manifestou a sua esperança de que a missão do satélite se prolongue muito para além do seu quinto aniversário, afirmou Bianca Hoersch, responsável pela Missão de Organizações Terceiras (Third Party Mission) da ESA.