Náutica Press - Semana de 20 a 27 de Outubro de 2005 | |||
À Margem - Salão de Génova
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O Salão Náutico Internacional de Génova continua a marcar pontos na Náutica de Recreio a nível internacional, constituído um montra única que todos os anos atrai milhares de visitantes, clientes/compradores. É igualmente uma ocasião de excelência para a discussão de temas tão importantes como a náutica e o fisco e o leasing náutico. Itália tem sido pioneira na criação e implementação de leis que cada vez mais contribuem para o desenvolvimento desta importante indústria. A indústria italiana tem dado passos gigantescos no que diz respeito aos grandes barcos tendo-se tornado uma referência tanto no estilo e inovação tecnológica como na capacidade de construção de embarcações acima dos 15m. É no entanto o segmento das embarcações mais pequenas que está a atravessar uma crise em Itália e este foi um aspecto que foi bastante focado este ano, ficando a intenção de que é um sector que tem que ser muito apoiado. As razões para que tal aconteça são várias nomeadamente o facto do cliente alvo deste tipo de embarcação ser aquele que mais sente a crise económica, outra das razões é o facto da taxa de exportações deste tipo de produto ser mais baixa, pelo que os grandes estaleiros acabam por apostar nos barcos de maior dimensão porque são os que têm mais procura e dão maior rendimento. O fabrico da pequena embarcação é mais virado para o mercado interno enquanto que a maior parte dos mega iates são para o mercado externo. O mercado é assim mais pequeno neste segmento e as possibilidades de procurar novos mercados são menores. Outro aspecto que promove esta situação é o facto de não se ter investido tanto na inovação tecnológica e no design. Neste segmento os americanos acabam por dominar o mercado porque promovem de forma muito agressiva e o seu mercado interno é muito forte. Basta abrirmos uma revista americana para vermos como a Bayliner e a Sea Ray produzem milhares de barcos rebocáveis e têm um nível de facturação enorme. Também os italianos deverão pensar em produzir um produto inovador e vendê-lo no mercado americano. Outra questão com que se confrontam é os lugares de amarração que faltam e se é uma situação complicada para os barcos de média dimensão para os mais pequenos ela torna-se dramática. Aqui a solução poderia passar pela criação de lugares em seco, criar estruturas junto à água que pudessem albergar estas embarcações. Estas são algumas das questões abordadas vamos aguardar pela próxima edição do Salão de Génova e ver como evoluíram. |
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