No passado dia 8 de Novembro foi assinado o Convénio de colaboração estabelecido pela Feira de Barcelona e o Salão Náutico Internacional de Barcelona com a Associação Nacional de Empresas Náuticas (ANEN). No acto, celebrado nas instalações da Feira de Gran Via, participaram Agustín Cordón (director geral da Feira de Barcelona) e Jesús Astondoa Diaz de Otazu (presidente da ANEN), acompanhados de Luis Conde (presidente do Salão Náutico de Barcelona) e Alejandro Landaluce (director-geral da ANEN).
Na base deste acordo, por 4 anos, temos que o Salão Náutico de Barcelona reconhece a ANEN como o representante máximo da indústria náutica espanhola e como seu interlocutor e assessora para o sector da náutica de recreio. Ambas as organizações comprometem-se, com base neste convénio, a trabalhar em conjunto para a promoção e desenvolvimento do sector náutico espanhol.
A Náutica em Espanha
 |
 |
A conjuntura do sector náutico em Espanha, desde 2002 a 2006, esteve marcada pela estabilidade económica geral e pela manutenção do grande crescimento económico.
Esta situação permitiu que o sector crescesse consideravelmente. Também, o gosto pela náutica tocou forte entre o povo espanhol.
O sector náutico espanhol registou, entre esses anos, uma tendência ascendente no que diz respeito a número de registos, alcançando um crescimento acumulado de 22%. Foram anos em que era evidente a vitalidade da economia em Espanha.
A partir de 2007 começou a acusar-se uma perda de vitalidade da economia que se traduzio numa descida paulatina dos registos. O processo agravou-se em 2008 e seguido de 2009 registando-se quedas tanto nas vendas e no consumo. Os registos em 2010 (até Setembro) foram inferiores em 6,1% em relação ao mesmo período do ano anterior, situando-se nas 5 081 unidades.
O sector da náutica em Espanha vive uma situação que deriva directamente da forte crise económica mundial.
Sem dúvida, a náutica espanhola vem mostrando uma importante resistência situando as suas perdas entre as 100 e os 150 registos mês.
No período entre Janeiro e Setembro de 2010, as embarcações importadas diminuíram em 5,8% no que diz respeito ao mesmo período do anão anterior e as embarcações diminuíram em 3,5%.
De destacar que no principal segmento de mercado embarcações a motor os registos de marcas espanholas diminuiu em 8,8% (até Setembro de 2010). A quota de mercado das embarcações a motor mantém-se nos 58% do total.
As licenças são também uma importante variável para medir o grau de entusiasmo pela prática dos desportos náuticos. Neste sentido, as licenças emitidas pelas diferentes federações durante 2009 foram de 202 687 (incluídas as da pesca). O número de licenças diminuiu em 6,5% em relação ao ano anterior.
Em conclusão, o sector náutico desportivo reflecte a importante desaceleração da economia global. A queda dos indicadores parecem estar a suavizar em contraste com o forte quebra dos dois últimos anos. O sector náutico encontra-se muito perto dos seus valores mínimos, o que supõe que a crise iniciada em 2008 tocou no fundo.
