Quantificação dos efeitos das mudanças climáticas

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O ano passado foi o mais quente até agora registado, o gelo do mar do Ártico está em declínio e os níveis do mar continuam a aumentar. Neste contexto, os satélites estão a fornecer-nos uma visão imparcial de como o nosso clima está a mudar e os efeitos que está a produzir no nosso planeta.

As estimativas mostram que o nível global do mar está a aumentar cerca de 3 mm por ano. Esta é uma das principais ameaças do aquecimento global, especialmente para as áreas costeiras baixas.
Identificar os contribuintes individuais para o aumento do nível do mar é um desafio complicado em ciência climática. Os satélites que observam a Terra estão a mapear mudanças no nível do mar, que variam em todo o mundo, mas os dados dos satélites também podem ser usados para quantificar a quantidade de água proveniente de várias fontes, como o derretimento de glaciares e capas de gelo, bem como a expansão térmica da água do oceano devida ao aumento das temperaturas.

Aumento do dióxido de carbono. Copyright IUP, Univ. Bremen/SRON/Univ. Leicester/ESA/DLR/JAXA/NIES

Aumento do dióxido de carbono. Copyright IUP, Univ. Bremen/SRON/Univ. Leicester/ESA/DLR/JAXA/NIES

O papel do espaço na monitorização do nosso planeta não para: desde as emissões de gases de efeito estufa até ao ozono, do gelo marinho até à humidade do solo e mais, os instrumentos espaciais fornecem-nos os fatos científicos e independentes que mostram que nosso clima está a mudar.
A ciência do sistema climático e terrestre é essencial para posicionar os países na vanguarda da revolução verde”, disse Josef Aschbacher, diretor dos Programas de Observação da Terra da ESA.
A observação da Terra baseada no espaço desempenha um papel cada vez mais importante, dado o alcance global dos satélites com os mesmos instrumentos de monitorização. A Europa está empenhada em contribuir para uma melhor compreensão do planeta Terra e para a sua preservação.
A cobertura global e consistente que os dados do satélite fornecem é ideal para o tipo de pesquisa realizada pelos cientistas climáticos. Mas a série de dados, a longo prazo, necessária pelos cientistas do clima – 30 anos ou mais – é significativamente maior que a duração das missões por satélite.

Fenda em Larsen-C. Copyright contains modified Copernicus Sentinel data (2017), processed by A. Hogg/CPOM/Priestly Centre, CC BY-SA 3.0 IGO

Fenda em Larsen-C. Copyright contains modified Copernicus Sentinel data (2017), processed by A. Hogg/CPOM/Priestly Centre, CC BY-SA 3.0 IGO

A comparação de dados adquiridos por diferentes satélites é complicada à medida que a tecnologia está a melhorar constantemente e, muitas vezes, há lacunas nos dados entre as missões por satélite. Para superar isto, a ESA criou a Iniciativa de Mudança Climática, ou CCI (Climate Change Initiative), que integra conjuntos de dados derivados de diferentes missões de observação da Terra, para produzir os registos globais e de longo prazo o mais abrangentes possível, para cada fator que influencie a Terra em geral – denominadas Variáveis Climáticas Essenciais.
Estes conjuntos de dados mostram evidências claras de mudanças no nosso clima. Fonte: ESA

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