Cerca de oitenta extraordinários veleiros, entre os quais alguns que datam do final do século XIX, reunir-se-ão em Cannes para disputarem entre os dias 22 e 26 de setembro a 37.ª edição das Régates Royales, o nono e último evento do calendário do Panerai Classic Yachts Challenge 2015.
O nome das Régates Royales foi atribuído em 1929 dado o grande número de concorrentes reais e veleiros reunidos para a regata francesa mesmo nos primeiros dias. Hoje, o evento proporciona a etapa conclusiva desta temporada do Panerai Classic Yachts Challenge e pertence ao Circuito Mediterrâneo que conta também com Les Voiles d’Antibes, o Argentario Sailing Week e a Copa del Rey em Menorca. Embora flanqueada por regatas Panerai na América do Norte, nas Caraíbas e na Ilha de Wight, só o Circuito Mediterrâneo atrai mais de 250 embarcações de mais de 10 nações diferentes neste ano, confirmando a posição do PCYC enquanto principal circuito internacional para veleiros clássicos e vintage.
A linha de partida para as corridas de Cannes ficam na linha de mar entre a costa continental e Les Îles de Lérins no Golfo de la Napoule. Os pontos somados dos vencedores das corridas individuais serão decisivos na atribuição dos troféus da temporada para as categorias Vintage, Clássico e Spirit of Tradition. Os troféus serão divulgados aquando da cerimónia de entrega de prémios, no sábado, 26 de setembro, em Vieux Port, onde os veleiros estarão atracados.
Na categoria Vintage, muitos assíduos desta temporada lutarão até à última corrida: Manitou (1937) no qual o Presidente John F. Kennedy velejou, o Q-Class Leonore (1925), vencedor do troféu da temporada por duas vezes consecutivas, e Chinook e Rowdy, ambos New York 40s construídos nos Estados Unidos em 1916 e também eles já foram vencedores. A categoria Clássica também oferecerá um espetáculo emocionante com veleiros históricos e fabulosamente bem conseguidos como o Il Moro di Venezia, Naif e Corsaro II que se disputaram um lugar no pódio.
As grandes escunas de mais de 40 metros, gigantes que se estendem por milhares de metros quadrados de vela ao vento, também são esperados em Cannes.
Nesta categoria, também se conta com a presença de Elena, construída em Espanha, em 2009, segundo os planos originais do construtor americano, Nathaniel G. Herreshoff, um dos mestres inquestionáveis do design naval internacional.
Alcyon, uma réplica extremamente fiel em madeira de um Houari Marseilles de 1871, não passará despercebido. Estará a competir na categoria Vintage e embora o seu comprimento junto à linha da água seja apenas de 8 metros, ela duplica de tamanho (21 metros) quando o gurupés e a extensão estão incluídos.
Tendo passado muitos anos nas Caraíbas onde também participou na Antigua Classic Regatta patrocinada pela Panerai, Sincerity, um encantador ketch bermudense construído por Baglietto de Varazze em 1928 faz um regresso ao Mediterrâneo. Excecionalmente, quando foi restaurada em 1980, Sincerity, foi equipada com novos interiores que incluem móveis de antigas carruagens do Expresso do Oriente.
Como é o caso todos os anos, Les Régates Royales de Cannes também receberão uma frota de cerca de 60, Dragons, a antiga categoria Olympic de veleiros de 9 metros concebido em 1929 pelo norueguês Johan Anker. Este é o design de veleiro de quilha mais popular do mundo, estimando-se que foram construídos mais de mais 8 600.
A última etapa do Circuito de 2015 parece destinada a ser uma celebração imperdível de valor marítimo e tradições navais promovidas e transmitidas pela Officine Panerai em homenagem à sua própria ligação ao mar. Por fim, mas não menos importante, em Cannes também está presente o ketch bermudense Eilean, adquirido e restaurado pela Officine Panerai e hoje embaixador da marca de alta relojoaria florentina no evento de vela clássica internacional mais prestigiado nos mares mais belos do mundo.