No Oceanário de Lisboa desde 12 de janeiro de 2020
O mar sentido através de uma experiência imersiva. Com imagens, filmadas exclusivamente em Portugal, “ONE” transmite uma mensagem profunda sobre a ligação do Homem ao mar. Esta obra invoca a grandiosidade do oceano, inspirando orgulho e respeito pelo mar e criando um sentimento, transversal a todas as gerações, de responsabilidade pela sua preservação.
Uma instalação de arte que enaltece a poesia da relação humana com os seres marinhos, com imagens reais mas também trabalhadas em sobreposição, criando um ambiente mágico, único e arrebatador.
As imagens são da autoria da artista portuguesa Maya. Cineasta e fotógrafa, especializou-se em fotografia subaquática em movimento. Tem-se dedicado, ao longo das últimas duas décadas, ao elemento humano integrado no elemento água e o seu trabalho está presente em diversas coleções públicas e privadas. Expõe pela primeira vez em Portugal.
“No Oceano somos Um”
No átrio do Oceanário de Lisboa surge uma experiência única e inovadora.
“Sempre diferente”, o Oceanário de Lisboa surpreende quem o visita ao apresentar uma instalação artística que proporciona uma experiência imersiva e emocional.
A beleza dos seres que habitam o oceano de Portugal pode agora ser sentida por todos de uma forma diferente e inesperada.
Ao entrar na instalação “ONE, o mar como nunca o sentiu”, o visitante pode viver um momento de introspeção e de harmonia, criando uma relação intima e pessoal com o oceano. Após esta experiência, o visitante irá viver o aquário com outra consciência e sensibilidade.
A criação exclusiva da obra “ONE” responde ao desafio proposto pelo Oceanário à artista Maya – inspirar o respeito pelo oceano e pela responsabilidade que cada um tem na sua conservação, proporcionar uma experiência emocional através da combinação entre arte e tecnologia e partilhar a imensa e única biodiversidade do mar de Portugal que, para a grande maioria das pessoas, é desconhecida.
Visão da artista
É uma viagem introspetiva.
Presta homenagem ao oceano e a todos os indivíduos corajosos que vivem num estado de verdade. Todos aqueles que, tal como o oceano, vivem em equilíbrio com a sua verdadeira natureza e, por esse motivo, estão em harmonia com o mar. Veem aquilo que nos une em vez do que nos separa. Rendem-se aos mistérios da vida. Eles são “ONE” só com o oceano e consigo próprios.
Nesta peça, o mar representa um estado humano primordial, uma condição fluida “original” a partir da qual outros elementos surgem, permanecendo potencialmente abertos, por manifestar e por determinar. Tem o poder de dissolver, purificar e regenerar, ao transformar cada fim num novo começo. Contém todas as possibilidades.
Esta peça pretende suscitar emoções e estados de espírito no visitante através de um simbolismo poderoso no reino da experiência imaginativa, que torna difusos os limites entre o real e o irreal.
Estamos ligados ao oceano de forma física, cognitiva e emocional porque somos manifestações da própria vida e essa sabedoria vive dentro de nós.
Numa nação oceânica como Portugal, com a sua geografia única, esta ligação tem raízes ainda mais profundas. A magnitude da sua presença apenas é equiparável à imprevisibilidade da sua natureza. É uma verdadeira marca da identidade nacional.
Ao decidir qual seria a melhor forma de representar o “Mar de Portugal” tentei não me limitar a objetificar esta ligação e, em vez disso, transmitir uma mensagem mais vasta com um potencial de transformação. Uma mensagem sobre a importância da preservação deste recurso vital, mas, acima de tudo, sobre aquilo que tem de mudar dentro de nós mesmos para que essa meta se torne uma realidade. Uma versão idealizada do tipo de pessoas que poderíamos ser.