A Ministra do Mar, Ana Paula Vitorino, apresentou esta segunda-feira o “Ocean Campus Portugal”, projeto de requalificação urbana e ribeirinha de toda a área entre Pedrouços (Lisboa) e Cruz Quebrada (Oeiras) que prevê um investimento total de 300 milhões de euros (público e privado).
Este projeto, que abrange 64 hectares de área de intervenção, concretiza o objetivo estratégico do Governo de posicionar Portugal como uma referência internacional nos domínios da ciência, da I&D e da tecnologia no que respeita às Ciências Marítimas e Marinhas e à Economia Azul, potenciando um cluster de desenvolvimento associado ao mar, através de uma rede de unidades de investigação, ensino e desenvolvimento tecnológico, cujo objetivo principal será gerar inovação e investigação qualificada e fornecer aos serviços que aqui se instalem as melhores condições para competir no mercado global.
O Ocean Campus é um projeto inovador que fomenta o empreendedorismo, tendo como objetivos: Criar um Campus de ID&I internacional de atividades ligadas ao mar, recuperando um espaço de forte memória portuária, criando condições logísticas para o desenvolvimento da economia nacional, potenciando a economia azul; Agregar, sob a temática do mar, vários organismos, serviços e instituições públicas, polos universitários, laboratórios de investigação, unidades âncora para desenvolvimento de novos modelos de relacionamento; Criar uma zona embrião de startups, salas de reuniões, auditório e zona de exposições, alojamento temporários para investigadores e postos de atracação de navios de investigação; Requalificar uma zona de mais de 60 hectares no limiar da malha urbana de Lisboa e Oeiras e na linha de água da foz do Tejo, apostando-se na reabilitação da Doca de Pedrouços e dos armazéns da Docapesca; Criar uma rede de excelência de unidades de investigação, ensino e desenvolvimento tecnológico, gerando inovação e investigação qualificada, potenciando o conhecimento e economia azuis.
Investimento total de 300 milhões até 2030
Do investimento total de 300 milhões de euros até 2030, 73% será investimento privado, 25% será investimento público-privado e 2% será investimento público, estimando-se uma receita anual na ordem dos 6,8 milhões de euros.
O projeto contempla três fases de implementação e prevê-se a sua conclusão em dezembro de 2030. Numa primeira fase (até final de 2022) serão investidos 118 milhões de euros, com destaque para a Marina de Pedrouços (31 milhões de euros), espaço para instalação de empresas (21,2 milhões de euros), a criação de um Ocean Lab (20,7 milhões de euros), residências temporárias para investigadores e cientistas (18,4 milhões de euros), restauração (11,5 milhões), entre outros.
Numa segunda fase (2022-2026) serão investidos 152 milhões de euros, contemplando um hotel (38,4 milhões de euros), um espaço empresarial e para centros de investigação (36,8 milhões), a Marina do Jamor (30 milhões de euros), a Blue Business School (27 milhões de euros), assim como investimentos de 20 milhões de euros em terrapleno, arranjos exteriores ou acessibilidades.
Por fim, numa terceira fase (2026-2030) serão investidos 30 milhões de euros, igualmente em terrapleno, arranjos exteriores e acessibilidades.
No lançamento do Ocean Campus, que decorreu no edifício poente da Docapesca, em Pedrouços, foi igualmente lançado o concurso da Marina de Pedrouços e inaugurada a Ciclovia do Mar, dois projetos relevantes que integram o Ocean Campus, numa cerimónia que contou com as presenças do Ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Manuel Heitor, o Presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Fernando Medina, e o Presidente da Câmara Municipal de Oeiras, Isaltino Morais.