Nesta nossa ronda pelos principais agentes económicos a operar no mercado da Náutica de Recreio, em Portugal, também contactámos construtores de barcos nomeadamente a Obe & Carmen.
Dora Silva, o rosto deste estaleiro, fez o seguinte balanço de 2020 “Tal como muitos outros setores da economia mundial, também a indústria náutica tem sido afetada pelo surto epidémico do novo Covid 19.
Os primeiros impactos foram sentidos com o confinamento do início do ano, onde as medidas impostas pelos Governos conduziram a um estrangulamento na cadeia de abastecimento originando roturas de stock de matérias-primas, peças e acessórios.
Também o cancelamento de eventos relacionados com o setor conduziram a um abrandamento da procura no primeiro trimestre de 2020. No entanto, com o decorrer da primavera, com a tomada de consciência por parte do consumidor do potencial oferecido pelo produto náutico na sua generalidade, e redirecionando os esforços de marketing nesse sentido, a procura disparou e foi difícil de satisfazer as encomendas que se estenderam Verão a dentro.
No que concerne à OBE & CARMEN, Lda, o estaleiro tem tirado partido da sua grande capacidade de adaptação às condições de mercado e tem conseguido superar os resultados do ano anterior. Com muita resiliência e com uma rede de distribuição forte aliada a uma produção de qualidade, o estaleiro tem demonstrado ser merecedor da confiança dos clientes finais e dos seus distribuidores”.
Em relação a 2021 Dora Silva acrescenta,”2021 é uma grande incógnita e dependerá fortemente do desenrolar desta epidemia a nível global.
Estamos conscientes que será um ano desgastante mas estamos preparados para o receber com toda a perseverança e atingir os mesmos resultados que 2020, se não tivermos a oportunidade de crescer. Acreditamos que o sol vai brilhar novamente para todos e que o mundo tenha retirado o melhor desta grande lição.
“Podemos ter chegado em embarcações diferentes mas agora estamos todos no mesmo barco.” Martin Luther King”.
