O Metop-B irá garantir a continuidade dos serviços de monitorização meteorológica a atmosférica, fornecidos pelos seus antecessores, os Metop-A, que têm andado à volta do globo de polo a polo, 14 vezes por dia, desde 2006, excedendo o tempo de vida para o qual tinham sido concebidos.
O veículo Soyuz-Fregat descolou às 16:28 GMT de segunda-feira, 17 Setembro. O andar superior, Fregat, foi manobrado para libertar o satélite numa órbita polar a uma altitude de 810km, 69 minutos mais tarde, por cima do arquipélago de Kerguelen, no Oceano Índico.
O Metop-B, desenvolvido para o sistema de satélites polar EUMETSAT, está agora sob controlo do Centro de Operações da ESA, em Darmstadt, Alemanha.
Nos próximos dias os técnicos da ESA verificarão o funcionamento de todos os sistemas do satélite antes de transferir o seu controle à EUMETSAT, com sede também em Darmstadt. A EUMETSAT irá encarregar-se de por ao serviço a carga útil, após a qual o satélite poderá começar as operações de rotina junto ao MetOp-A.
O lançamento do segundo satélite MetOp aconteceu apenas dois meses e meio depois do lançamento do MSG-3, o que reflete a vitalidade do programa europeu de satélites meteorológicos, desenvolvido pela ESA e pela EUMETSAT, declarou o Diretor Geral da ESA, Jean-Jacques Dordain. O facto de a ESA já estar a trabalhar na próxima geração de satélites mostra o forte compromisso dos Estados membros das duas organizações, o que permitirá continuar a recolher dados que nos ajudarão a melhorar as previsões meteorológicas e estudar e compreender melhor as alterações climáticas. Estes serviços demonstram todos os dias os benefícios económicos e sociais do investimento em infraestrutura espacial.
O -B entrará ao serviço enquanto o MetOp-A continua ativo, o que nos permitirá garantir a continuidade dos serviços sem nenhum tipo de interrupção. Em paralelo, já estamos a trabalhar com a EUMETSAT no desenvolvimento da segunda geração de satélites meteorológicos de órbita polar, explicou Volker Liebig, Diretor dos Programas de Observação da Terra da ESA.
Ao contrário dos satélites Meteosat, que observam praticamente metade do planeta desde a sua posição orbital a 36.000 quilómetros, por cima do Golfo da Guiné, os satélites MetOp trabalham numa órbita muito mais baixa e sobrevoam todo o planeta, o que também lhes permite recolher dados sobre a atmosfera.
Os satélites MetOp e Meteosat, além de proporcionarem serviços de previsão meteorológica, fazem parte da iniciativa da ESA para a monitorização do clima, na qual também participam os satélites experimentais Earth Explorer.
Desde o ano 2009 já foram lançados três Earth Explorers: o GOCE, desenhado para traçar um mapa do campo gravitacional da Terra; o SMOS, dedicado ao estudo do ciclo da água no nosso planeta; e o CryoSat, a primeira missão de monitorização das alterações na espessura do gelo. Os preparativos dos próximos satélites desta série continuam de acordo com o previsto.
No próximo ano a ESA começará a lançar a família de satélites Sentinel, que vigiará a evolução do clima e do meio-ambiente dentro da iniciativa GMES (Monitorização Global do Meio-ambiente e da Segurança) da Comissão Europeia.
O segundo satélite meteorológico europeu de órbita polar já está lá em cima
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