Segundo a organização mais de 30 mil pessoas visitaram a Nauticampo, que decorreu de 8 a 12 de Abril, na FIL, no Parque das Nações, em Lisboa. Depois de dois anos de ausência, o maior salão nacional de atividades ligadas ao ar livre e um dos mais antigos da Europa regressou para apresentar as tendências do mercado e as novidades das marcas mais representativas da náutica, caravanismo, campismo, desporto e lazer. Expositores e participantes não têm dúvidas: esta feira fazia falta ao setor.
“A presença de mais de 150 empresas e a afluência de um elevado número de visitantes, que superou todas as nossas expectativas, são sinais de que há retoma neste setor e que os portugueses apostam cada vez mais em momentos de lazer ao ar livre e em família”, sublinhou Fátima Vila Maior, diretora da Área de Feiras/ Nauticampo. Em jeito de balanço, a responsável revelou que “foi o mercado que, de certa forma, ‘exigiu’ o regresso da Nauticampo à FIL e os resultados foram muito positivos, pois fizeram-se bons negócios”. Fátima Vila Maior manifestou ainda o desejo de manter esta feira no calendário do próximo ano.
Dedicada aos “Prazeres das Natureza”, esta edição contou com uma novidade: a juntar a toda a panóplia de produtos em exposição, como barcos, caravanas, bicicletas, pranchas, caiaques e múltiplos acessórios, houve degustações diárias de pescado das lotas nacionais, uma iniciativa da Docapesca, Porto e Lotas, que participou pela primeira vez na Nauticampo.
Em paralelo, decorreram vários workshops e conferências, com o intuito de divulgar a segurança e dar formação aos amantes das atividades de lazer ao ar livre. A Associação Marinha do Tejo organizou ainda passeios no Tejo e batismos de canoagem, na Bacia do Oceanário.
Organizada pela AIP – Feiras, Congressos e Eventos, a Nauticampo contou com a parceria da ACAP – Associação Automóvel de Portugal, através da sua Divisão Náutica e da Comissão Especializada de Caravanas e Autocaravanas. Em simultâneo, realizaram-se o Lisboa MotoShow, o Mundo Abreu e o Motor Clássico, originando um fluxo de público que ultrapassou os 100 mil visitantes.
O nosso balanço
O balanço que fazemos da edição de 2015 da Nauticampo é positivo. A Náutica de Recreio, apesar dos esforços da ACAP / APICAN, não conseguiu encher um pavilhão e isso deveu-se, a nosso ver, pela tardia definição da realização do certame. O sector esteve, em geral, bem representado com a exceção para a vela de cruzeiros onde apenas esteve presente a marca de catamarãs Lagoon. Esta situação foi um tanto estranha tendo em conta que uma das empresas que representa barcos à vela, em Portugal, é membro da direção da ACAP / APICAN.
Foi interessante observar o surgimento de novas empresas ligadas à comercialização e construção de embarcações bem como de marítimo turísticas (um setor em crescimento).
Os construtores nacionais marcaram presença com stand próprio e integrados em espaços de fabricantes de motores, como foram os casos da Sirius na Yamaha e da Hydrosport na Honda.
De saudar o regresso dos motores Suzuki à Nauticampo agora com uma nova equipa e com uma estratégia para o mercado.
Uma nota positiva para a autarquia do Seixal que se apresentou, de uma forma simples, como um destino náutico.
Outra nota positiva para a Mútua dos Pescadores que mais uma vez esteve perto dos seus clientes e que se preocupa com a segurança das pessoas no mar, realizando uma palestra dedicada ao tema da segurança.
A finalizar uma nota especial para as empresas que, em tempos de crise, mantêm uma aposta forte na imagem e que se apresentaram com espaços cuidados.
Ao nível do público mantém-se uma grande discrepância entre o visitante da semana e o visitante de fim-de-semana. Este último menos interessante para os expositores do ponto de vista de potencial negócio…