A mítica praça nova-iorquina, Times Square, vai surfar digitalmente a maior onda do mundo durante os próximos 15 dias, numa ação promocional do Turismo de Portugal no mercado norte-americano, que representa um investimento de 240 mil euros.
Com 24,38 metros, a onda surfada na Nazaré pelo brasileiro Rodrigo Koxa vai ser projetada em écrans LED, num edifício que tem a mesma dimensão. O objetivo, refere Luís Araújo, presidente do Turismo de Portugal, é “não só potenciar as excelentes condições naturais de Portugal para a prática do surf, como partilhar uma cultura que está intrinsecamente associada ao mar e a valores como a preservação da Natureza, desde a era dos Descobrimentos a esta nova vaga de descobridores agora encarnados em surfistas, profissionais e amadores”.
Durante o lançamento desta campanha, a World Surf League anunciou a transferência da sua sede europeia de França para Portugal o que, para o líder da Autoridade Turística Nacional, “é um reconhecimento das condições excecionais de Portugal para a prática da modalidade e de como temos sabido desenvolver competências nesta área”.
A combinação de um clima temperado ao longo de todo o ano, com ondas regulares em toda a costa, estendendo-se por mais de 800 quilómetros, faz do surf uma âncora de comunicação internacional de Portugal. Sob a umbrella “Portuguese Waves“ tem vindo a permitir a divulgação do destino e da sua oferta através de perspetivas diferenciadas, aspeto relevante no âmbito da estratégia de promoção que tem vindo a ser seguida pelo Turismo de Portugal.
No âmbito da Estratégia Turismo 2027, que traça a visão e as metas daquilo que o país pretende alcançar em termos de turismo nos próximos 10 anos, os EUA aparecem referenciados como um mercado de aposta tendo em conta que, pela sua grande dimensão enquanto emissor de turistas, representa um potencial de crescimento para Portugal. “De notar que, em 2017, este mercado foi dos que registou um maior volume de crescimento em termos de hóspedes, na ordem dos 35%. O reforço verificado em termos de ligações aéreas com os EUA tem potenciado também, de forma muito expressiva, um contexto favorável ao aumento de fluxos vindos deste mercado. E, claro, tratam-se de fluxos com poder de compra, que viajam ao longo de todo o ano e que procuram destinos autênticos, com história, património e boa gastronomia, o que indicia a apetência pelo território no seu todo”, destaca Luís Araújo.
Integrada nas comemorações do Mês de Portugal nos Estados Unidos da América, a campanha foi lançada, na passada semana, pelo Primeiro-Ministro, António Costa, na presença do Ministro da Economia, Manuel Caldeira Cabral, da Secretária de Estado do Turismo, Ana Mendes Godinho, do presidente do Turismo de Portugal, Luís Araújo, do presidente da Câmara Municipal da Nazaré, Walter Chicharro, e dos recordistas mundiais da maior onda alguma vez surfada, o brasileiro Rodrigo Koxa e o norte-americano Garrett McNamara.
“Para além dos profissionais que integram a elite de competição do surf mundial, e dos surfistas que praticam surf com regularidade, assiste-se cada vez mais à procura de experiências de surf por um segmento constituído por pessoas que habitualmente não fazem surf, mas que se sentem atraídas pela prática e procuram experiências de surf nos destinos de férias. Este segmento é o maior em termos de volume e é constituído por um leque diversificado de públicos: desde jovens que viajam sozinhos ou em grupo, a famílias em que os pais introduzem os filhos nesta atividade. E é a esse público que queremos chegar com esta ação”, conclui Luís Araújo.
Para a Secretária de Estado do Turismo, Ana Mendes Godinho, “a vinda da sede europeia da World Surf League mostra que Portugal é o melhor país da Europa para a prática de surf e um destino mundial obrigatório. O facto de termos praias com ondas de qualidade mundial em todo o país, e de sermos um hub aeroportuário entre a Ásia, África e Américas, foram sem dúvida atributos que pesaram nesta decisão da WSL. Esta escolha mostra que cada vez mais Portugal é reconhecido não só como um destino para visitar, mas também para viver e trabalhar”.