O Ministro do Ambiente e Transição Energética, João Pedro Matos Fernandes, afirmou que a empreitada na ria de Aveiro – para otimização do equilíbrio hidrodinâmico – será «a mais relevante» das cerca de 50 intervenções que estão a decorrer no litoral da costa portuguesa.
Durante a celebração do 10.º aniversário da sociedade Polis Litoral Ria de Aveiro em Ovar – onde foi assinado o contrato para a execução da obra – o Ministro referiu que esta intervenção representa “um investimento de 23,5 milhões de euros“.
“É de facto uma empreitada de grande dimensão e, ao mesmo tempo, de uma grande sensibilidade ambiental. Ela tem de ser feita, estamos há mais de 20 anos à espera dela”, disse João Pedro Matos Fernandes.
O Ministro referiu, contudo, que a obra tem de ser feita “com todo o cuidado para chegarmos ao fim contentes com os resultados” e sem “prejudicar um ecossistema tão fantástico como é o da ria da Aveiro“.
A assinatura do contrato envolve duas obras: o Lote 1, que cobre a extensão desde o canal de Ovar até Pardilhó e Carregal, passando pelo canal da Murtosa, e o Lote 2, focado nos canais de Ílhavo, do lago do Paraíso, de Mira e da zona central da ria.
A obra, que abrange 95 quilómetros, prevê a dragagem de um milhão de metros cúbicos de sedimentos, dos quais 700 mil se destinam a reforçar e consolidar as margens da ria, minimizando as deslocações de areia. Os restantes sedimentos serão postos na ‘ante-praia’ para reforçar as praias.
“Acreditamos que, dentro de dois meses, conseguiremos estar em obra, para que os 15 meses da empreitada permitam que na época balnear seguinte, de 2020, esta empreitada já esteja concluída”, adiantou João Pedro Matos Fernandes.
112 milhões de euros para costa litoral portuguesa
Durante a sessão, o Ministro referiu que estão a ser investidos, na costa litoral portuguesa, 112 milhões de euros e que o Governo espera iniciar as intervenções na lagoa de Óbidos, na Figueira da Foz, em Espinho-Torreira e na Costa da Caparica.
“Estão a ser investidos mais de 110 milhões de euros em todo o País numa sequência de obras que nunca vai ter fim”, disse João Pedro Matos Fernandes, acrescentando que, no centro e no norte do País, é mais evidente «que a linha de costa recua sete metros por ano“.
“Conheço de facto bem este espaço e por isso é que me esforcei tanto, porque sinto que ele também é um bocadinho meu. E por isso também vos posso garantir que serei um fiscal à distância. De facto, vou ser mesmo um fiscal à distância para garantir que tudo vai correr bem”, referiu ainda. Fonte: M. do Ambiente e Transição Energética