O Dongfeng Race Team não podia ter melhor início na Volvo Ocean Race 2017-2018. O barco chinês infligiu penalizações em dois dos adversários e está na liderança da primeira etapa que liga Alicante a Lisboa, num total de 1450 milhas náuticas.
©Ainhoa Sanchez/Volvo Ocean Race
As condições não podiam ser melhores para a largada de domingo ao início da tarde na cidade espanhola de Alicante. A frota com sete das melhores tripulações do mundo a bordo, começou a regata com sol e o vento a soprar de Leste com 15 a 20 nós de intensidade. Centenas de barcos de espetadores marcaram presença para assistir ao pequeno percurso montado em frente às praias alicantinas, antes da frota seguir à popa rumo a Gibraltar.
E o público não deu o tempo como perdido, já que pôde assistir a uns primeiros minutos de regata verdadeiramente intensos e emocionantes. Provavelmente, os mais intensos da longa história da Volvo Ocean Race.
O grande destaque aconteceu na última rondagem antes dos barcos seguirem para Sul, quando o Dongfeng Race Team, no rumo correto, entrou em rota de colisão com o Team Brunel e o MAPFRE, obrigando-os a uma pequena manobra. A poucos metros, os árbitros não tiveram dúvidas que tanto o Team Brunel como o MAPFRE não tinham deixado o espaço necessário e penalizaram-nos o que os deixou na cauda do pelotão.
“Esta vai ser uma regatta muito equilibrada, por isso todos os metros são importantes”, afirmou Charles Caudrelier, skipper do Dongfeng: “Sabemos que vai ser uma batalha até ao final.” Depois de vencer o 1º round do combate, o Dongfeng assumiu a liderança, seguido de perto por Sun Hung Kai/Scallywag, Vestas 11thHour Racing e Turn the Tide on Plastic, com o olímpico Bernardo Freitas a bordo. Estes três tiveram de passar através da enorme frota de barcos esptadores, algumas vezes apenas a um metro de distância, deixando toda a gente absolutamente espantada.
Antes da largada, houve drama nos pontões, com o AkzoNobel a apresentar a sua tripulação a poucos minutos de deixar Alicante. António Fontes faz parte da equipa, liderada por Simeon Tienpont, que chegará a Lisboa. A equipa tem sido o foco das atenções desde que, há uma semana atrás, anunciou a substituição de Simeon Tienpont por Brad Jackson.
Mas sexta-feira à tarde, Tienpont ganhou um processo em tribunal, o que lhe permitiu retornar ao comando. Foi apresentada uma nova tripulação com Brad Jackson e Jules Salter a ficarem de fora das contas. “Estou aliviado por estar de volta à minha equipa e à campanha da Volvo Ocean Race”, declarou Tienpont, que agradeceu também ao Sun Hung Kai/Scallywag por deixar António Fontes fazer parte da equipa nesta etapa 1.
Depois do entusiasmo da largada, as equipas vão adaptar-se à vida no mar percorrendo as primeiras 1450 milhas náuticas das 45 mil que compõem a volta ao mundo. Os primeiros minutos mostraram-nos que a Volvo Ocean Race vai ser ultracompetitiva. A rondagem da ilha de Porto Santo vai acontecer entre quarta e quinta-feira.
