Nestas nossas demandas à descoberta dos portos fluviais do rio Tejo como destinos náuticos fomos visitar a fluvina de Salvaterra de Magos localizada no Cais da Vala (N 39° 01.928′ W 8° 47.624′).
Em plena Vala Real temos um local aprazível onde as embarcações tradicionais (bateiras) e profissionais da pesca se misturam com as de recreio. O acesso e a navegação na zona estão condicionados pelas marés.
“Durante séculos a Vala Real, foi a principal via de comunicação de Salvaterra de Magos. No seu pequeno cais, aportavam os reais bergantins, que partiam do Terreiro do Paço, com a família real.
A corte aclamou Salvaterra de Magos como um local único para as suas estadias, pois nesta vila podiam assistir a grandes espectáculos de ópera e teatro, como participar em pomposas caçadas com falcões.
A Vala Real foi um dos mais importantes entrepostos comerciais do sul do país, daqui embarcavam e chegavam todos os tipos de mercadorias para Lisboa. Com a construção da ponte em Vila Franca de Xira na década de 50, começou a perder o seu fulgor inicial”.
Hoje em dia, a atividade da pesca profissional ainda é relevante mas, é no turismo que, a nosso ver, a região tem um grande potencial. O turismo fluvial já é explorado por alguns operadores com especial enfoque na beleza natural do rio Tejo e dos seus braços e também, pela riqueza de espécies de aves que ocorrem na região.
A seco, Salvaterra possui diversos pontos de interesse nomeadamente a Falcoaria Real, a Capela Real, a Igreja Matriz, a Capela da Misericórdia, o Celeiro da Vala Real e o Museu do Rio. Na nossa visita ficámos com a sensação de uma certa falta de cuidado na conservação dos edifícios e numa falta de coerência no centro histórico.
História
“As origens do concelho de Salvaterra de Magos são bem antigas, não fosse esta uma região fértil e com diversos cursos de água, possuindo diversos vestígios pré-históricos e também Romanos.
Em 1542 Salvaterra de Magos foi cedida ao Infante D. Luís, que aqui mandou construir o famoso Palácio Real, em cujas tapadas se realizaram grandes caçadas ao javali e se tornaram célebres as corridas de Toiros, tendo aqui ocorrido um episódio histórico: o 7º Conde de Arcos pereceu na arena do Teatro de Salvaterra de Magos, inaugurado por D. José, e seu pai, o Marquês de Marialva vingou a morte do seu filho descendo à arena e matando o touro.
O Paço Real, os esplendorosos Jardins, o Teatro de ópera e a Arena de Touradas foram destruídos num grande incêndio em 1824, restando hoje em dia apenas a Capela Real e as instalações da Falcoaria.
Neste concelho cercado por férteis lezírias povoadas por Cavalos, um dos maiores bens da região, vale a pena conhecer o que ainda resta do Paço Real, nomeadamente a Capela e a Falcoaria Reais, e também a Igreja Paroquial de S. Paulo, datada de 1296, a Igreja da Misericórdia do século XVII, a bonita Fonte do Arneiro de 1711, a grandiosa Ponte Ferroviária Rainha Dona Amélia, segundo projecto de Gustave Eiffel, datada de 1903, e um dos locais mais célebres, a Praça de Touros de Salvaterra de Magos, inaugurada em 1920 e ainda hoje uma das Praças com mais espectáculos tauromáquicos ao longo do ano”. Fonte: C.M.S.M.
Informações úteis
Clube Náutico de Salvaterra de Magos
CIEA – Cais da Vala
Salvaterra de Magos
tm 91 731 80 14 | fx 263 509 011 | clubnauticosm@clix.pt | cnsm.canoagem@gmail.com
Edifício do Cais da Vala / Museu do Rio
Av. Dr. José Luís Brito Seabra, Salvaterra de Magos
Horário: Segunda a Sexta – 09h00/12h30m e das 13h30/18h00
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