Martin Wizner e Pedro Ameneiro beneficiaram das diferentes condições de vento e sagraram-se campeões mundiais, em Vilamoura. Em femininos, as britânicas Vita Heathcote e Milly Boyle conquistaram o título mundial e na categoria Under 17 os gregos Odysseas Spanakis e Konstaninos Michalopoulos revelaram-se invencíveis.
Os velejadores espanhóis
sagraram-se esta quinta feira campeões do mundo de 420 em Vilamoura.
No último dia das finais, em que as condições do vento mudaram radicalmente face aos primeiros dias de regatas, a dupla espanhola – que tinha conseguido o bronze nos últimos mundiais – acabou por conseguir destronar o domínio da dupla neozelandesa Seb Menzis e Blake McGlashan, que esteve na liderança da classificação geral desde o início da competição.
Nas duas regatas efetuadas, Wizner e Ameneiro conseguiram um 1º e um 9º lugar, enquanto os neozelandeses, campeões do mundo em 2018, conseguiram uma 10ª e uma 19ª posição.
“Chegámos ao dia de hoje sem qualquer pressão, porque não tínhamos nada a perder. Na primeira regata conseguimos aproximar-nos em pontos do primeiro lugar e na segunda vimos que podíamos também ganhar aos nossos adversários [neozelandeses]e acabámos por ter sorte porque não houve mais regatas e terminámos com a conquista do título”, explicou, contentíssimo, Martin Wizner.
Na terceira posição da geral, ficou outra dupla espanhola: Conrad Konitzer e Fernando Rodriguez.
Também a dupla portuguesa Luís Niza e Paulo Baptista (Clube Náutico de Tavira) que vinha mostrando muita consistência de resultados nas anteriores oito regatas e surgia à entrada deste último dia de finais na 4ª posição da classificação geral (com os mesmos pontos do 3º classificado), acabou por ser vítima da alteração das condições do vento. Conseguiram nas duas regatas do dia dois 18º lugares e desceram assim à 9ª posição da classificação geral.
Já na categoria feminina, as britânicas Vita Heathcote e Milly Boyle -, apesar de um dia menos brilhante, com uma 18ª e uma 13ª posição nas duas regatas do dia –, acabaram por conseguir segurar a liderança e sagrar-se campeãs do mundo.
“Nem acredito que conseguimos, a verdade é que a dupla italiana hoje esteve muito bem, muitos parabéns a elas, mas depois de cinco anos a tentar finalmente conseguimos, é um sentimento excelente”, rejubilou a nova campeã Milly Boyle.
No segundo lugar da geral ficaram as italianas Irene Calici e Petra Gregori, que conseguiram subir à 2ª posição com uma excelente prestação: obtiveram um 2º e 3º postos nas duas regatas realizadas e superiorizaram-se assim às gregas Melina Pappa e Maria Tsamopolou, na 3ª da geral (6º e 5º lugares).
A dupla portuguesa melhor classificada da categoria foi a de Rita Lopes/ Matilde Cruz (Clube Naval de Cascais), no 17º posto.
Na categoria Under17, os gregos Odysseas Spanakis e Konstaninos Michalopoulos mantiveram o domínio que vinham exercendo desde o início da competição e conquistaram o título após um 8º e um 4º lugar nas últimas duas regatas de um total de dez.
“Depois de no ano passado termos ficado no segundo lugar, este ano conseguimos ficar no primeiro, apesar de um incidente com um protesto, regressámos mais fortes e ficámos com o título, por isso estamos muito felizes”, referiu Konstaninos Michalopoulos após a conquista.
A 2ª posição da categoria foi mantida pela dupla francesa Ange Delerce/ Thimothee Rossi e a 3ª acabou por ser assegurada pelos espanhóis Alberto Morales e Miguel Bethencourt.
De acordo com o diretor do evento, Nuno Reis, “este campeonato do Mundo de 420 em Vilamoura, foi o segundo maior mundial da classe, com 11 dias fantásticos, muito sol, dias longos e excelente feedback dos velejadores e treinadores”.
Créditos fotos: OSGA – João Ferreira