Espanha e Países Baixos garantiram a presença em Tóquio na classe ILCA 7 sendo os melhores dos 17 países que procuravam ocupar as duas vagas disponíveis na qualificação olímpica do continente europeu da classe ILCA que terminou, no passado dia 24, em Vilamoura.
Foi um último dia de provas emocionante, quer na procura pelo primeiro lugar da competição quer na luta pelas vagas olímpicas, com as condições de vento e mar a obrigarem os atletas a um maior esforço físico e domínio técnico.
Após 12 regatas, o velejador espanhol Joel Rodriguez Perez alcançou o 9º lugar da geral, mas liderou sempre a luta pelos lugares olímpicos e garantiu a vaga para o seu país.
“Sabíamos que iria ser uma luta renhida. Tive um dia mau, mas a semana foi melhor, o suficiente para garantir hoje o objetivo de levar Espanha aos Jogos Olímpicos”, afirmou o velejador espanhol.
A 2º vaga disponível foi alvo de uma acesa competição entre belgas e holandeses, com Duko Bos a levar a melhor e garantir a presença dos Países Baixos em Tóquio. No entanto, não será o velejador holandês a competir nas olimpíadas.
“Foi um dia difícil, comecei bem, fiquei contente com a 1º regata mas a 2º não correu como planeado. Tentei recuperar e foi o suficiente para qualificar o país, mas não para ser eu o selecionado, o que provoca uma mistura de sentimentos”, confessou o atleta.
Numa prova em que alguns dos países com presença já garantida nos Jogos Olímpicos decidiram quem os iria representar em Tóquio, o derradeiro dia de provas ditou a vitória do alemão Philipp Buhl após uma ascensão de lugares nos últimos dias.
“Hoje foi exaustivo, mas estive bem com um 2º e 1º lugares. Foi mesmo difícil mas ao mesmo tempo divertido. Na última regata dei o meu melhor, aliás como todos. Estou muito feliz por ter vendido”, revelou o velejador.
O campeão olímpico brasileiro Robert Scheidt assegurou o 2º lugar da classificação geral da classe ILCA 7 (nova denominação da classe laser standard) e o atual vice-campeão o britânico Michael Beckett o 3º posto.
Eduardo Marques foi o melhor português da competição terminando em 19º, resultado de uma subida de prestação nas últimas regatas, mas não foi o suficiente para atingir um lugar olímpico.
Santiago Villax Sampaio terminou a prova em 54º seguido de Lourenço Mateus (72º), André Granadeiro (92º), Rui Silveira (94º), Gonçalo Castro Nunes (135º) e André Ribeiro (139º)º. João Pontes abandonou a prova.
Na classe ILCA 6 – mulheres (nova denominação da classe laser radial) as duas vagas olímpicas foram asseguradas para Israel por Shai Kakon e para Portugal por Carolina João a meio da prova e as atenções concentraram-se na luta pela liderança.
A dinamarquesa Anne-Marie Rindom (campeã do mundo e da Europa 2019), foi a vencedora depois de ter liderado a tabela desde o primeiro dia. O 2º lugar ficou para a sueca Josefin Olsson e a japonesa Manami Doi segurou o 3º posto.
Carolina João, foi a melhor portuguesa terminando em 44º e Federica Franchi conseguiu o 86º posto. Mafalda Pires de Lima e Leonor Dutra abandonaram a prova.
A Qualificação Olímpica do Continente Europeu da classe ILCA, organizada pelo Vilamoura Sailing, reuniu quase 230 velejadores, oriundos de 44 países.
A Marina de Vilamoura acolhe entre 30 abril e 7 de maio o Campeonato da Europa da classe 470 e em julho será a vez do Campeonato da Europa de Raceboard, disciplina do Windsurf.