Eleições Intercalares na Federação Portuguesa de Vela

A Federação Portuguesa de Vela vai a votos no próximo dia 10 de Novembro. O Presidente da Mesa da Assembleia-Geral decidiu convocar eleições intercalares, acedendo a um pedido de todos os órgãos federativos. Desta forma, fica concluído o processo de adaptação ao Novo Regime Jurídico das Federações Desportivas.
“Estivemos à espera de uma decisão do Tribunal, em relação a uma providência cautelar interposta pela oposição e referente a uma Assembleia-Geral realizada em Dezembro. Tal como prevíamos a decisão foi-nos, uma vez mais, favorável e decidimos solicitar à mesa da Assembleia-Geral a convocatória de eleições intercalares para o dia 10 de Novembro”, explica José Manuel Leandro, Presidente da Federação Portuguesa de Vela.
O responsável máximo federativo espera também que estas eleições sejam decisivas para que a Utilidade Pública Desportiva seja definitivamente reposta: “Sempre pugnámos pela legalidade e os Tribunais têm sido claros dando-nos razão. Este acto eleitoral é, por assim dizer, o último passo no processo de adaptação dos Estatutos ao novo Regime Jurídico das Federações Desportivas. Depois do dia 10 de Novembro não há qualquer motivo, tal como não
havia antes, para que o Estatuto de Utilidade Pública Desportiva, injustamente suspenso, se
mantenha”, refere.
Quanto ao aparecimento de uma nova federação, José Leandro é peremptório: “Essa associação foi constituída por três pessoas sem qualquer prestígio na vela nacional. A escritura
é assinada por Nuno Gonçalves Henriques, já suspenso no âmbito de vários processos disciplinares na F.P. Vela, Rui Gonçalves Henriques, também com um processo disciplinar a
decorrer e Paulo Martins, um funcionário da F.P. Vela com contrato suspenso, que além das
punições desportivas tem também um processo disciplinar profissional”, afirma.
No que diz respeito a uma possível adesão da classe Laser a esta associação, o Presidente da
FPV reage: “Não confundimos os laseristas com a direcção da associação e aguardamos
serenamente que a razão prevaleça” e conclui com ironia: “Os responsáveis da classe parecem aquelas mães em parada militar muito orgulhosas do filho ser o único com o passo acertado.”