A Direção-Geral de Recursos Naturais, Segurança e Serviços Marítimos (DGRM) e a Agência Portuguesa do Ambiente (APA), em conjunto com o Presidente da Câmara de Caminha e a Associação de Pescadores de Vila Praia de Âncora, realizaram esta semana uma visita técnica às recentes intervenções no porto de Vila Praia de Âncora, executadas com base numa parceria entre a DGRM e a APA.
Foram dragados cerca de 100 000 metros cúbicos de sedimentos do interior e do canal de entrada do porto, os quais foram bombeados por tubagem dedicada para a alimentação artificial do cordão dunar da Duna dos Caldeirões.
A intervenção em causa resultou num investimento de 1 722 000 euros, financiado pelo POSEUR – Programa Operacional Sustentabilidade e Eficiência no Uso de Recursos, com a DGRM a suportar a componente nacional (455 829 euros), tendo resultado numa melhoria global das cotas de serviço do porto.
A visita técnica serviu também para debater o estudo de evolução do porto que está em curso. Está-se a estudar a reconfiguração do porto de Vila Praia Âncora, com o objetivo de minimizar as condições de assoreamento a que está sujeito e reduzir substancialmente as necessidades de dragagem de manutenção, e, sobretudo, melhorar as condições de segurança para as embarcações no acesso ao porto.
A equipa que está a realizar o estudo ouviu e debateu os problemas existentes com os pescadores de Vila Praia de Âncora, no sentido de compreender melhor as suas preocupações e as suas necessidades. A experiência e os conhecimentos de quem utiliza o porto todos os dias são fundamentais para enriquecer o estudo e se desenhar uma solução adequada para o futuro.
Do estudo deverá resultar o desenho de um novo layout do porto, já com as correções necessárias, com vista a se proceder à respetiva avaliação de impacte ambiental e depois à concretização das intervenções conjuntas DGRM/APA nos molhes de proteção.
Para acautelar as necessidades de dragagens que, entretanto, se verifiquem, a DGRM tem já adjudicadas dragagens para o porto de Vila Praia de Âncora até ao final de 2023, através de um contrato plurianual de dragagens para os portos do Norte, que serão instanciadas em função das necessidades.