CTT lançam emissão filatélica dos 500 anos dos Correios

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Os CTT apresentam esta quarta-feira, dia 9 de outubro, uma emissão filatélica sobre os 500 anos do Correio em Portugal, dia em que se celebra o Dia Mundial dos Correios. Esta emissão mostra-nos em selos a evolução dos emblemas dos CTT em 1880, 1936, 1953 e 1964 e um bloco composto por dois selos com os símbolos de 1991 e 2015, traçando um breve relance sobre a marca CTT, ao longo dos séculos.

O selo do logotipo de 1880 a 1936, da Direcção-Geral dos Correios Telégrafos e Faróis é representado por uma carta ao alto, atravessada de ambos os lados por três raios elétricos, tendo na parte superior a Coroa Real. Estes elementos pretendiam simbolizar o Correio, através da carta; a tutela do Estado, através da coroa real; e, finalmente, os Telégrafos, através dos raios representativos da eletricidade/telegrafia. O logotipo de 1880 mantendo as armas reais, símbolo das instituições públicas, aproximava a marca das duas grandes atividades desenvolvidas pela Direção-geral: o Correio e os Telégrafo. Neste selo está também presente um desenho a aguarela de fardamentos dos funcionários das Ambulâncias Postais Ferroviárias e da Posta Rural e o relatório do Diretor Geral dos Correios, Telegraphos, Pharoes e Semaphoros, relativo ao ano de 1889.
O selo do logotipo de 1936, mostra o emblema que foi aprovado na altura e que representava o escudo português, armado lateralmente com os raios que simbolizavam as Comunicações (Telegráficas e Telefónicas) encimando a esfera armilar, onde se destacavam as iniciais CTT; mostra-nos também o Edifício da Estação de Correios de Moura, de 1945.
O selo do logotipo de 1953 é prova da evolução do símbolo, que consideravam na altura estar “ultrapassado pela evolução do gosto”, tendo o anterior sido substituído por um com referência à atividade do Correio, nomeadamente a “imagem equestre de um postilhão, embocando a buzina”, logo da autoria do Mestre Jaime Martins Barata, que é conhecido pela população portuguesa e que ainda hoje continua a ser utilizado, há mais de 60 anos. Neste selo está também representada uma auto-ambulância postal Borgward, de 1953.
O selo do logotipo de 1964 surgiu em janeiro, na edição do Boletim Oficial dos CTT, com um desenho mais moderno, uma imagem do mensageiro a cavalo, em que a postura dos intervenientes resulta numa maior sensação de movimento. Este logo foi utilizado até 1991. Também neste selo podemos ver a imagem de um cartaz publicitário da implementação do Código Postal, de 1978.
O bloco filatélico mostra-nos o logo de 1991, no selo à esquerda. No inicio da década de 1990 houve grandes alterações no Setor da Comunicação, tendo sido separados em 1992, dos ramos de atividade de Correios e Telecomunicações, dando origem a duas empresas: os CTT – Correios de Portugal, S.A. e a Portugal Telecom, S.A. José Brandão criou então uma nova imagem mais atual mantendo os elementos essenciais, o cavalo, o mensageiro a tocar a corneta, a carta na mão e a cor vermelha. Está também representado no bloco um cartaz publicitário do lançamento do Correio Azul e uma caixa Postal de Correio Azul.
Ainda no bloco filatélico, à direita o logo atual dos CTT, desde 2015. Este logotipo foi feito após a conclusão total do processo de privatização, tendo por base duas premissas: o respeito pelo património da marca e a sua atualização, mais condizente com a realidade dos dias de hoje. O cavalo deixa de estar a trote e passa a estar a galope e a sigla CTT ganha mais protagonismo e solidez. Neste bloco podemos também ver a imagem da sede do Banco CTT.
Por fim, o fundo do bloco filatélico é a Carta de Confirmação do Ofício de Correio-Mor, mandada passar por D. José I em 1756 a José António de Sousa Coutinho da Mata com a transcrição dos alvarás anteriores, do mesmo ofício, destruídos pelo terramoto de 1755; e uma corneta de Distribuidor Rural, de 1893.
Esta emissão filatélica é composta por quatro selos e um bloco filatélico com um selo. Os selos têm uma tiragem de 105 000 exemplares cada e o valor facial de 0,53€, 0,70€, 0,86€ e 0,91€. O bloco tem o valor de 2€ e uma tiragem de 65 000 exemplares.
As obliterações de primeiro dia serão feitas nas lojas dos Restauradores em Lisboa, Munícipio II no Porto, Zarco no Funchal e Antero de Quental em Ponta Delgada.

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