Cientistas, gestores de projecto, da ESA e da indústria, apresentaram a nave e os seus objectivos científicos. O programa incluio a visita à sala limpa onde está o satélite. Uma oportunidade única de o observar antes que este seja embalado e preparado para seguir para a base de lançamento de Baikonur, no Cazaquistão.
O satélite da Agência Espacial Eurpeia, Cryosat, foi desenhado para recolher dados sobre a extensão e espessura das calotes polares da Terra. A grande novidade é esta dupla capacidade, o que permitirá conhecer em pormenor o volume de gelo, ajudando a perceber os efeitos que as alterações climáticas têm e terão na cobertura de gelo.
Após o lançamento do maior satélite de observação da Terra, Envisat, em 2002, a ESA começou a preparar missões de Exploração da Terra de modo a conseguir, a custos controlados, responder a questões científicas chave, usando tecnologia de ponta. A primeira destas missões foi precisamente o Cryosat original, lançado em 2005, mas que viria a cair próximo do Pólo Norte, pouco depois da descolagem. Seguindo-se ao bem sucedido lançamento da missão de medição da gravidade, GOCE, a 17 de Março deste ano e do lançamento que se aproxima, a missão SMOS, em Novembro, a missão Cryosat irá finalmente descolar, tornando-se na terceira missão de Exploração da Terra a estar em órbita. A reconstrução da nave ficou a cargo da Astrium.
Agendado para Dezembro, o lançamento do Cryosat será feito a bordo do Dnepr, a partir de Baikonur, e espera-se que o satélite venha a contribuir para aumentar o nosso conhecimento acerca da massa global de gelo. A missão irá melhorar a nossa compreensão acerca da forma como as regiões polares são influenciadas pelas alterações climáticas e ajudará a perceber as interacções entre os gelos marítimos e os oceanos. Pode ainda desencadear diversas aplicações práticas, ao nível da circulação oceânica e do estudo das alterações, actuais e futuras, no nível das águas do mar.
Cryosat O satélite que irá medir as calotes polares
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