Hoje e, passados 30 dias sobre a implementação do estado de emergência, temos uma crise de Saúde Pública (mostra sinais de melhoras) que está a provocar uma Crise Económica sem contornos conhecidos.
Texto: Vasco de Melo Gonçalves / Diretor da Náutica Press / #navegamosjuntos
O que podemos observar neste momento:
– Diminuição brusca das transações na grande maioria dos setores;
– Empresas em layoff;
– Empresas que perderam totalmente os seus negócios;
– Aumento do desemprego;
– Resposta da União Europeia com a disponibilização de ajudas financeiras com valores relativamente baixos…
Esta situação geral irá trazer grande incerteza ao futuro imediato de pessoas e empresas. É com esta nova realidade que iremos lidar nos próximos meses ou anos dependendo da existência de uma vacina e de novas formas de socialização.
Como será este Futuro?
Esta é uma reflexão, sem pretensões, é aberta a todos e espero obter, da vossa parte, opiniões que ajudem o setor da Náutica de Recreio.
Vamos desenvolver diversos cenários:
As pessoas deixam de consumir pois estão desempregadas ou em layoff.
A compra de barcos e equipamentos baixa pois os potenciais compradores estão retraídos devido à situação económica.
A falta de liquidez, a falta de confiança na economia, a desmotivação psicológica e social tudo irá afetar o setor da Náutica.
Contudo as pessoas não deixaram de gostar do Mar ou das águas interiores. Talvez a solução esteja no aprofundamento do aluguer?
Marítimo Turísticas: Penso que serão as empresas que mais sofrerão devido ao impacto da ausência de turistas estrangeiros. Algumas vão fechar pois estavam no mercado de uma forma oportunista e sem uma oferta diferenciadora. Os países, de uma forma geral, vão pressionar os seus povos para fazerem Turismo interno para protegerem as suas empresas. Para além disso, não sabemos como as companhias de aviação vão funcionar e quais os procedimentos. As MT que ficarem terão de ter um Plano Sanitário para garantir segurança ao utilizador/cliente. Deverão cativar o mercado interno com programas mais interessantes e a valores mais adaptados à nossa realidade.
Agentes Económicos: Vão ver as suas vendas descer dramaticamente quer pela falta de clientes quer pela capacidade de resposta das marcas estrangeiras (muitas delas suspenderam a produção). Vão ter que reestruturar as suas empresas e apostarem na venda de usados. Vão ter que estreitar a sua relação com os clientes criando programas e iniciativas de aproximação nomeadamente, passeios, ações de formação, campanhas promocionais. Vão ter que apostar na divulgação de uma forma inteligente e não apenas para os Gostos!
Para além dos apoios existentes neste momento deverá ser questionado quais serão os apoios para o relançamento das empresas. A importância de uma associação empresarial é uma evidência. A APICAN terá que ter um papel mais interventivo e aglutinador!
Empresas de Serviços: A não utilização de barcos e a falta de dinheiro vão ser fatores determinantes na evolução das empresas de serviços. Nesta área não se pode “inventar” clientes e por isso, a palavra de ordem será resistir!
#navegamosjuntos