Barreiro aposta na Doca Seca para impulsionar náutica de recreio e pesca

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O Município do Barreiro e a CP – Comboios de Portugal assinaram, na segunda-feira, 28 de março, o Contrato de Concessão de Utilização Privativa de Domínio Público da Doca Seca, junto à antiga Estação Fluvial do Barreiro. A gestão deste espaço passa, assim, para o Município, perspetivando-se, conforme referiu o Presidente da Câmara do Barreiro (CMB), a sua utilização para fins de náutica de recreio e pesca – e mais um passo na estratégia da requalificação da frente ribeirinha.
A formalidade da assinatura entre os presidentes das duas entidades envolvidas decorreu nas instalações da Associação de Fuzileiros, tendo o programa contemplado visitas ao Largo do Moinho Pequeno e à Avenida de Sapadores, via que permite o acesso à Doca Seca. Todo o evento foi “testemunhado” pela Ministra do Mar, que sublinhou a atratividade da zona – que adjetivou de “linda”, “maravilhosa” –, “com grande potencial turístico”, que pode ser “despoletado a partir da náutica de recreio”.
Este protocolo vai ter aplicação imediata. “Tivemos pouca ou nenhuma resistência para chegar a este protocolo”, sublinhou o Presidente do Conselho de Administração da CP, Manuel Queiró, reconhecendo ser o Barreiro “uma cidade que anda a reencontrar o seu destino” e a sua vocação portuária.
À CMB, a Ministra do Mar afirmou tratar-se de “momento extremamente importante porque tem que ver com o retomar do desenvolvimento deste concelho tão importante para a Área Metropolitana de Lisboa e que, infelizmente, sucessivamente, tem vindo a ver as suas expectativas adiadas. Várias vezes, nos últimos anos, foram criadas expectativas para o Barreiro e para os barreirenses, que, infelizmente, foram adiadas e julgo que esta é a oportunidade de termos as expectativas que podem ser concretizadas para os barreirenses”.
A recuperação de toda a zona ribeirinha, disse, “é muito importante, quer do ponto de vista da economia local, mas, também, do ponto de vista da economia da região. Com esta recuperação pode vir a ser um polo turístico importante”. Mas não só, acrescentou, “prende-se, também, com a recuperação da dignidade e do exercício das atividades tradicionais como a pesca. As condições em que estão a ser exercidas as atividade piscatórias, aqui, não são condignas e esperemos que com esta intervenção possam vir a ser melhoradas.
Ana Paula Vitorino referiu, ainda, o estabelecimento de parcerias estratégicas “entre os órgãos da Administração Central e as câmaras municipais. Os gestores do território, por excelência, são as câmaras municipais. São os municípios que sabem como melhor gerir o seu território. Ao Estado cabe proporcionar condições para que isso possa ser exercido”. Com a assinatura deste contrato, defendeu, está-se a “iniciar um processo de descentralização em parceria com o Estado. Não é ninguém demitir-se das suas responsabilidades; é, todos, assumirmos responsabilidades partilhadas a bem do desenvolvimento de uma Região que precisa, urgentemente, de inverter um ciclo de desertificação que se tem vindo a verificar nas últimas décadas ”.
A assinatura deste protocolo permite, de acordo com o Presidente da CMB, “aprofundar as relações entre entidades que parecem que têm um espirito comum”.
Este ato enquadra-se “numa visão que se tem para esta Região, um território que aproveita todas as possibilidade de intensificação da atividade económica e criação de riqueza, e permita, também, dentro desta visão alargada da atividade económica, aproveitar a excelente frente ribeirinha para a atividade da náutica de recreio e da pesca.
A assinatura deste protocolo com a CP permitirá, em princípio, dar um novo passo inserido numa estratégica de recuperação integral, faseada, de toda a zona ribeirinha para usufruto da população do Concelho mas, também, a para atração de visitantes, e a densificação e intensificação da atividade económica junto à zona ribeirinha”. Fonte: C.M.Barreiro

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