A oitava etapa da Volvo Ocean Race, campeonato de volta ao mundo em barco à vela, recomeçou no passado domingo, 10 de Junho, com a PUMA liderando a frota rumo ao Atlântico. Os velejadores saíram de Lisboa com destino à cidade de Lorient, na França. A regata deve enfrentar logo de cara uma tempestade que se aproxima com o potencial de determinar o sucesso ou derrota das equipes.Depois de um curto percurso no Rio Tejo, em Lisboa, onde Luís Figo, lenda do futebol português, rendeu um momento inesquecível ao saltar da popa do barco da Abu Dhabi Ocean Racing, os seis barcos da competição retomaram a corrida e navegam 1.940 milhas náuticas até a linha de chegada.
Apesar da oitava perna ser o trecho mais curto da corrida até o momento, ela promete não ser nada fácil. As equipes terão que enfrentar condições de alta pressão nos Açores e, logo em seguida, ventos potencialmente fortíssimos causados pelo sistema de baixa pressão do Atlântico Norte, o que não deixará margem para erros de quaisquer das tripulações.
Nesta fase da competição, em que restam apenas quatro oportunidades de obter pontuação e somente 23 pontos separam as 4 equipes líderes, o resultado final vai depender do quanto cada equipe está disposta a arriscar.
A Groupama, vencedora da corrida portuária em Oeiras, no sábado, continua no topo da classificação geral, mas está apenas oito pontos à frente da Team Telefónica, segunda colocada da competição. Charles Caudrelier, da Groupama , disse que poder cruzar a linha de chegada em casa em frente a milhares de torcedores locais será a realização de um sonho, mas que apesar de a equipa ser líder no momento, esta é uma posição que será difícil manter até o final. É um sonho que pode ser destruído num piscar de olhos por equipas como a PUMA ou a Telefónica, por exemplo; principalmente a PUMA, que está indo muito bem agora. O nosso objetivo é vencer a próxima etapa, mas será difícil, disse Caudrelier.
Gonzalo Infante, meteorologista oficial da Volvo, disse que a frota conseguiria alcançar uma velocidade alta até sair da foz do Rio Tejo, auxiliados por uma brisa de aproximadamente 15 nós em sentido oeste-noroeste. As condições ficariam menos favoráveis na medida em que as equipas se aproximassem da ilha de São Miguel, há uma distância de 780 milhas náuticas.
Infante disse que a frota seria comprimida durante a chegada a São Miguel. Ao entrarem na área de alta pressão dos Açores na terça-feira, poderá haver uma parada forçada com duração de 12 a 18 horas. O barco que conseguir contornar a ilha primeiro levará vantagem na corrida, disse Infante. Assim que eles contornarem a ilha, serão arremessados em um sistema de baixa pressão, disse.
Barcos da Volvo Ocean Race iniciam oitava etapa da Volta ao Mundo
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