São trinta lendas mundiais do surf que virão a Portugal, pela primeira vez, com o desafio de posicionarem os Açores como o Havai da Europa. O encontro de titãs, a decorrer na ilha de S. Miguel, entre 18 e 23 de setembro, é a mais recente aposta do arquipélago na promoção dos desportos de mar, que mereceram nos últimos três anos um investimento de mais de 1,5 milhões de euros. Neste período, o número de dormidas nos Açores, aumentou 93 por cento (1,2 milhões em 2014 para 2,4 milhões em 2017) e a oferta de camas total aumentou 64%, com o turismo náutico a representar um dos produtos prioritários assinalado no Plano Estratégico e de Marketing para o desenvolvimento do turismo nos Açores.
Depois de em 2017 a prova da World Surf League (WSL), Azores Airlines Pro, ter rendido 4 milhões de euros numa semana, as expetativas com o campeonato mundial de craques das ondas, o Azores Airlines World Masters Championships, “são elevadíssimas”, garante Rodrigo Herédia, da organização da prova. A repercussão mundial está garantida para os quatro cantos do mundo: é da Austrália que vem o maior número de atletas (14), seguido do Havai (6); Nova Zelândia, EUA, Brasil, Reino Unido, África do Sul e Portugal são as outras nacionalidades representadas.
Tom Curren (EUA), Sunny Garcia (Havai), Mark Occhilupo (Austrália), Shaun Thomson (África do Sul) e João Alexandre “Dapin” (Portugal) são os nomes mais sonantes para a comunidade surfista, mas estes antigos atletas, no todo, são seguidos por cerca de um milhão de pessoas nas redes sociais. Esta prova não se caracteriza por ser um evento de animação que arraste multidões de turistas para o destino para assistirem ao campeonato, mas é “uma excelente ação de promoção, notoriedade e afirmação do destino como palco natural ímpar para a prática de surf junto da comunidade surfista de todo o mundo”, diz Rodrigo Herédia, responsável, acrescentando que “com o surf a integrar o programa olímpico a associação da região à modalidade passa a ter uma força muito grande”.
“Queremos que os Açores se assumam como um destino de destaque, como palco para treino e provas de elevada qualidade em harmonia e tranquilidade natural, propício a retiro de atletas de alta competição, mas também com excelentes condições para a aprendizagem e a prática de surf mais lúdico ou familiar”, refere Marta Guerreiro, Secretária Regional do Turismo dos Açores.
Açores, o Havai da Europa?
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