Esta imagem de radar, do satélite Sentinel-1, foi trabalhada de forma a que a água apareça a azul e o solo em tons terra. Nela estão representadas as ilhas açorianas do grupo central, Pico, Faial e São Jorge – a cerca de 1600 km a oeste de Lisboa. Bem visível o Pico, na ilha a que dá o nome, com 2351 m de altitude, o ponto mais alto de Portugal.
Na imagem é bem notória a diferença entre o relevo das ilhas, com vulcões e montanhas a destacarem-se claramente.
O Faial, ou ‘Ilha Azul’, tem uma área de 173 km², cerca de 15 mil habitantes, boa parte deles a viver na cidade da Horta. No século XVIII a caça à baleia trouxe frotas de caça à Horta. No século XIX já a Horta se tinha tornado num porto importante e escala dos iates que atravessavam o Atlântico.
Tal como as outras ilhas açorianas, o Faial é de origem vulcânica. Em 1957 ocorreu a grande erupção, a um quilómetro da costa, que lançou grandes quantidades de lava e cinza, formando uma ilhota que mais tarde ficou ligada à ilha principal por um istmo.
Com uma geografia única, São Jorge é longa e fina, com uma costa deslumbrante e muito sujeita à erosão do oceano.
A ilha tem 55 km de comprimento, com uma cadeia de montanhas na sua ‘coluna dorsal’. O ponto mais altos é o Pico da Esperança, nos 1053 metros de altitude. A ilha tem uma área de 246 km2, com uma diferença óbvia no relevo: a costa oeste é cheia de declives, enquanto a este é mais suave. O mesmo acontecendo a norte, com falésias pronuncaidas, enquanto o lado sul tem menos inclinação.
A ilha tem à volta de 9500 residentes, que têm um modo de vida relaxado. A inauguração dos portos e aeroportos em 1982 permitiu o crescimento das exportações, em particular do ‘queijo da ilha’, da lavoura, da pesca e do artesanato.
O Pico, com a sua montanha majestosa, tem na sua história a caça à baleia e o vinho. As vinhas do Pico são património da UNESCO. Onde também se pode apreciar a construção de barcos de madeira.
A caça à baleia deu lugar ao estudo da observação de baleias, golfinhos e outros mamíferos oceânicos. Uma vez que as erupções vulcânicas terminaram há 300 anos, o Pico é considerado inativo, o que acrescenta mistério e o transforma numa atração para os cientistas.
O Sentinel-1A tem estado em órbita desde Abril de 2014, monitorizando o ambiente marinho e mapeando as superfícies terrestres e aquáticas, entre outras aplicações. Fonte: ESA
Imagem: Copyright Copernicus Sentinel data (2015)/ESA