A Travessia Marrocos Madeira surge na sequência das já efectuadas travessias da Ilha da Madeira às Ilhas Selvagens em 2008 num percurso de 160 Milhas náuticas (Mn) e Madeira e Ilha da Madeira à Ilha de Tenerife em 2009 num percurso de 260 Mn, mas o grande desafio foi tentar ou será tentar unir duas cidade, mas que essas mesmas, fossem unidas, com chegada à terra natal do piloto, o Funchal, pois assim, este desafio teria maior significado e projecção para a região, num momento em que há que dar visibilidade à Ilha da Madeira.
Em 2008 este aventureiro Frederico Rezende ligou o Funchal às Ilhas Selvagens, batendo um recorde da maior travessia jamais concluída, no Atlântico Norte.
Em 2009, ligou o Funchal à ilha de Tenerife, e porque achou que estas iniciativas ainda não eram suficientes, em 2010, colocou a fasquia um pouco mais alta e tentará com o apoio de várias empresas e instituições, nos primeiros dias de Junho de 2010, cruzar águas profundas do Atlântico Norte.
As embarcações de apoio e as comunicações
Para além do acompanhamento permanente de uma lancha semí-rigida com 8,5m, com 250 cavalos de potência, onde acompanham 4 tripulantes, este ano o piloto será constantemente monitorizado via satélite através de uma rádio baliza, que dará a posição do piloto instantaneamente. Este elemento extra na segurança é essencial, sendo contudo pilar desta organização, o apoio que solicitamos a marinha portuguesa, honrando-nos com a sua presença e ajuda, é certo que a uma maior distância, mas em contactos permanente.
Porque a distância é maior, e de modo a cumprir o percurso com maior luz natural possível, a velocidade tem que ser mais elevada, sendo que o semí-rigido de apoio permanente, ajudará nos reabastecimentos e cobrirá o evento.
Porque a segurança não é de descurar, a lancha do Eng. Gil Freitas Onda Azul II, volta a associar-se a esta iniciativa, com outros contornos. Será a cerca de 140 Mn a Este-Sudeste da Ilha da Madeira que a embarcação se posicionará, aguardando o aproximar à região, sendo que a partir daí o seu papel será um estímulo a todos e à concretização do objectivo.
Em termos de comunicações, a travessia contará com o apoio da TMN, através da cedência de dois telemóveis satélite, que possibilitaram a qualquer momento contactos a terra de forma periódica, sendo que cada embarcação transportará ainda três rádios VHF.
A Travessia
A travessia entre Marrocos, cidade de Essaouira e a Ilha da Madeira, cidade do Funchal, num total aproximado de 380 milhas náuticas (aproximadamente 690 quilómetros) acontecerá num dia a escolher, entre os dias 9 e 13 de Junho, dependendo das condições de mar. Demorará cerca de 17 horas, nas quais o piloto estará sempre em cima da mota de água, uma Yamaha FX Super High Output, que consumirá 350 litros de combustível.
A navegação será feita num rumo Este-Oeste em direcção à Ilha da Madeira, num rumo que rondará os 282°.
A concretização do objectivo, está condicionada à meteorologia e ás condições de mar, pelo que a mesma apenas se efectuará com mar até ao limite máximo de, mar de pequena vaga a cavado, esperando que possa ser a favor de Este-Noreste, situação ideal para não dificultar muito a navegação.
Durante a travessia, a Yamaha FX Super High Output de Frederico Rezende, será reabastecida por cinco vezes. A operação é delicada porque é feita em alto mar, sendo que os reabastecimentos aconteceram de 80 em 80 Mn, sensivelmente.
Mais uma vez os riscos do reabastecimento, tem a ver com o estado do mar, se este estiver mais agitado dificulta enormemente a tarefa, com os perigos daí decorrentes. Para tal e porque este ano a embarcação de apoio é menor há que redobrar as atenções, sendo que o abastecimento deverá acontecer de braço dado (embarcações lado a lado).
Durante a travessia, quer Frederico Rezende como a equipa de apoio albergaram um fato especial, com características próprias para estas actividades.
A equipa de apoio, seguirá a bordo de uma embarcação cedida pelo Governo Regional da Madeira, fazendo parte da tripulação, o Skipper João Marques, Joaquim Barata da Silva, vice-comodoro do CNF e responsável pelo planeamento e navegação da travessia, o primeiro Tenente FZ Mário Pinto do Núcleo de Formação e Salvamento Marítimo em moto de água do Instituto de Socorros a Náufragos e finalmente Adelino Ferreira do CNF como socorrista e mergulhador.
No mar, Rezende será apoiado pela Marinha de Guerra Portuguesa, através do Comando da Zona Marítima da Madeira, que terá a sala de operações activada, para a monitorização das sucessivas posições das duas embarcações, que este ano serão seguidas em permanência através de Satélite, com a montagem de um OC Trackers que dá a posição permanente das embarcações, neste caso da mota de água de água e de Frederico Rezende. Este centro de operações fornecerá ainda a meteorologia, elemento tão importante ao sucesso desta iniciativa.
Um grito de alerta Vamos ajudar na divulgação da luta contra o Cancro da Mama
Para além da ambição de superar os seus limites, Frederico Rezende quer que a Travessia Marrocos Madeira, seja também, mais uma vez, um momento de alerta para a necessidade e sensibilidade das pessoas na divulgação da luta contra o Cancro da Mama.
Há que apoiar as instituições que tudo fazem para sensibilizar este drama, que anualmente, afecta milhares de pessoas, principalmente mulheres, sendo que os momentos de visibilidade deste evento, poderão também alertar as pessoas para estes desafios, bem como fortalecer o notável trabalho que entidades privadas e públicas tem feito a este nível.
Pode seguir esta aventura através do site do Clube Naval do Funchal: www.clubenavaldofunchal.com,