Garmin Portugal – Objectivo Liderar

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A Garmin Portugal completou, em 2009, um ano de actividade no mercado nacional. Esta nova empresa surge na sequência da compra do antigo distribuidor – Satsignal – pela Garmin num política de aquisição dos principais distribuidores da Europa Ocidental.
Durante o Lisboa Boat Show tivemos a oportunidade de falar com Carlos Martins, o rosto da empresa para o mercado nacional.

Náutica Press (NP) – Que balanço faz do ano de 2009?
Garmin Portugal (GP) – Como sabe, 2009 foi o primeiro ano completo de Garmin Portugal. Trata-se da continuação do trabalho desenvolvido pela Satsignal que foi adquirida, pela Garmin, ao abrigo de um plano internacional de aquisições dos principais distribuidores da Europa Ocidental.
Para nós foi um ano de consolidação, arrumámos as contas de acordo com a contabilidade americana e que obrigou a alguns acertos. Foi um ano que terminou bem e com lucros.
Tivemos um aumento de facturação na ordem dos 10% e um aumento de 27% em unidades vendidas. Isto, num ano de crise económica muito presente, é um bom resultado!

NP – A Garmin trabalha em diversos segmentos de mercado, qual é a hierarquia?
GP – Em termos percentuais de facturação, o 1º lugar é do sector automóvel, o 2º é do Outdoor, o 3º é do Marítimo e o 4º o Fitness.
Em termos de segmento que tem uma melhor margem é o do Outdoor. No mercado marítimo, devido a algumas loucuras da nossa concorrência, fomos obrigados a reduzir preços para continuarmos competitivos. Essas loucuras até puseram em causa a continuidade das marcas no mercado… Com esta pressão, não conseguimos manter as margens que temos no Outdoor.

NP – Todas estas mudanças que se operaram a nível mundial e nacional, obrigaram a uma alteração na forma de comunicar das marcas / empresas. Acha que faz sentido um salão náutico com as características do Lisboa Boat Show?
GP – A nível nacional é evidente que faz sentido um salão náutico em Lisboa e só em Lisboa devido à tradição que tinha a Nauticampo. Esta tradição estava ligada à festa, às visitas a barcos de sonho, um ponto de reunião obrigatório. Havia todo um movimento à volta da Nauticampo que acabava por definir, em certa medida, a época.
Em termos internacionais penso que existe uma perda de “peso” dos salões náuticos porque as pessoas têm um contacto com os produtos de uma forma diferente através da Internet. As pessoas já não têm a necessidade de se deslocarem às feiras… Está na mão dos organizadores criarem pólos de interesse para atraírem as pessoas.

NP – A Garmin tem evoluído de uma forma muito rápida ao nível de novas soluções técnicas assentes num visual muito atractivo. Qual a estratégia da marca no lançamento de novos produtos?
GP – Ao nível do sector marítimo, a política da Garmin é a de ter uma gama completa de equipamentos para equipar embarcações de recreio e também para a pesca desportiva (área que até agora não tinha grande representatividade).
Neste momento, podemos dizer, que nesta área o sector que não está completamente coberto é o da Vela. Durante o período de 2010 e 2011 iremos colmatar esta falha.
Ao nível do equipamento em geral temos uma oferta diversificada e de qualidade mas vamos aprofundar o segmento das sondas e dos equipamentos para a pesca desportiva.

NP – Os novos equipamentos são resultados de desenvolvimento interno ou de parcerias?
GP – É um desenvolvimento essencialmente interno mas, também pode passar pela aquisição de empresas especializadas como já fizemos no caso dos pilotos-automáticos.
Ainda no que diz respeito a evolução vamos ter uma gama mais alta de radares de 6 e 12 kW de antena aberta.
Em termos de Outdoor, a oferta já é muito grande e vamos manter a evolução natural. A área do Fitness tem estado um pouco mais parada mas temos novas ideias que irão fazer mexer o mercado. Estamos bem implantados no mercado nacional com os principais atletas a utilizarem os nossos equipamentos. Situação esta que também é uma realidade internacional.
No mercado automóvel vamos continuar a evoluir e, está para breve, a apresentação da segunda geração do Nüvifone.

NP – Existe alguma relação entre o posicionamento da marca em Portugal e no Estrangeiro?
GP – Em relação a Portugal estamos limitados pela falte de dados oficiais e, por isso, só podemos especular… Temos a percepção que no mercado automóvel estamos em segundo lugar apesar de termos o melhor produto…
Na náutica temos o mesmo problema mas, tenho a convicção que em 2009 ficámos na primeira posição. Pelos nossos números fomos a marca que mais vendeu.

NP – 2010 com vai ser?
GP – Penso que vai ser muito difícil. Não existe confiança para se fazer investimentos e, por outro lado, temos as marinas completamente lotadas e sem a possibilidade de receber novas embarcações. Isto tudo vai ter reflexos no mercado mas, mesmo assim, mantenho-me confiante num bom resultado em 2010.

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A redacção da Náutica Press prepara artigos e notícias do seu interesse, mantendo-o ao corrente do que se passa no universo da náutica de recreio e da náutica em geral, em Portugal e no Mundo.

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