Um museu virtual dos Descobrimentos, jornadas sobre o papel dos portugueses e andaluzes nas expedições marítimas da época e passeios a bordo de réplicas de embarcações históricas são as principais ações do projeto «Descubriter Rota Europeia dos Descobrimentos», apresentado no passado dia 15 em Sagres. A iniciativa junta o Algarve a Andaluzia e quer levar os turistas a navegar pela epopeia que envolveu as duas regiões entre os séculos XV e XVII.
Para já, a maior parte das ações ainda só está no papel, mas todas terão de ser postas em prática até ao final de julho. Desde um museu interativo online com documentos, imagens, vídeos e arquivos relacionados com os Descobrimentos até campanhas de sensibilização em barcos semelhantes aos usados nas viagens ultramarinas da época, muitas são as propostas deste projeto que liga sete entidades do território ibérico: Fundación Nao Victoria, Prodetur (Diputación de Sevilla), Ayuntamiento de Palos de la Frontera, Turismo do Algarve, Direção Regional de Cultura do Algarve, Câmara Municipal de Vila do Bispo e Promosagres.
Num investimento de cerca de 450 mil euros, cofinanciados a 75 por cento pelo Programa Operativo de Cooperação Transfronteiriça Espanha-Portugal 2007-2013 (POCTEP), esta rota turística pretende promover a cultura, a história e o património das navegações do território de onde partiram as primeiras expedições marítimas do mundo.
«Este é um projeto lúdico de grande envergadura, e com rigor histórico, que está a ser desenvolvido por uma equipa transfronteiriça que inclui entidades algarvias. É uma iniciativa que vai certamente valorizar o património luso-espanhol», sustenta o presidente do Turismo do Algarve, Desidério Silva.
A apresentação oficial do Descubriter decorreu a bordo da Nao Victoria, uma réplica à escala natural do barco que no século XVI completou a primeira viagem de circum-navegação, sob o comando de Juan Elcano.