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O transporte involuntário de espécies marinhas na água de lastro: um grave problema ambiental!
Segundo um estudo da empresa de produtos para o meio ambiente, Alfa-Laval, o transporte involuntário de espécies tornou-se o quarto problema ambiental do planeta, de acordo com a Organização Marítima Internacional organismo pertencente às Nações Unidas e está a ser investigado pela União Europeia. O problema assenta no facto de que os ecossistemas marinhos estarem constantemente a serem devastados por outras espécies, provenientes de habitats muito diferentes, que viajam milhares de milhas na água de lastro dos navios e que, com o deslastro, chegam a um novo destino, onde se transformam numa ameaça em potência. Segundo um estudo da ADENA, organização ecologista, estima-se que anualmente entre 3 e 10 mil milhões de toneladas de água de lastro são transportadas pelos navios, o que supõe um movimento diário de mais de 7,000 espécies marinhas! O Mar Mediterrâneo por exemplo tem vindo a ser afectado por mais de 450 géneros deste tipo de organismos provenientes de habitats diferentes, 70 deles transportados na água de lastro dos navios. À escala mundial, factos como este exemplo estão a provocar graves danos nos fundos marinhos de todo o planeta e custa milhares de milhões de euros aos países que sofrem com este problema.
A Organização Marítima Internacional, através de uma rigorosa normativa, tem procurado solucionar o problema do transporte involuntário de espécies na água de lastro dos navios. Para isso, os navios que sejam construídos a partir de 2009 terão de cumprir normas standard que impeçam que a água que se deslastra no mar contenha organismos vivos. A maioria dos sistemas de tratamento de água de lastro baseia-se no uso de produtos químicos que eliminam estes organismos. No entanto, este método pressupõe substituir um problema ambiental por outro, já que os restos químicos vão parar ao mar.