Velejador brasileiro, campeão da Volvo Ocean Race 2008-09, foi o primeiro a receber honraria pelos seus feitos na modalidade. A escolha foi unânime.
Cinco vezes medalhista olímpico, Torben Grael inaugura um dos importantes prêmios da vela mundial. O Magnus Olsson Prize está nas mãos do brasileiro pelos seus feitos na modalidade. Além das medalhas olímpicas, com direito a dois ouros na Star (Atlanta-96 e Atenas-2004), o velejador levou o Ericsson 4 ao título da Volvo Ocean Race na temporada 2008-09. O atleta também liderou a inédita campanha verde e amarela na Volta ao Mundo de 2005-06 com o Brasil 1.
A cerimônia ocorreu nesta quinta-feira (26), em Estocolmo, na Suécia, país de Magnus Olsson. O velejador faleceu em 2013, em Lanzarote, na Espanha. O sueco era um dos mentores do Team SCA, time 100% feminino que disputará a Volvo Ocean Race nessa temporada.
“Magnus Olsson foi um dos velejadores mais competentes e completos de todos os tempos”, disse Torben Grael. “Receber esse prêmio com seu nome me enche de orgulho e satisfação. Magnus, com o seu conhecimento e generosidade, foi um dos pilares da nossa conquista da Volvo Ocean Race em 2008-09”.
Além de Torben Grael, dois jovens atletas receberam uma bolsa por meio da fundação que leva o nome do velejador sueco. Simon Lundmark, de 18 anos, corre na classe Laser, e Albin Johnsson, de 17 anos, veleja na classe Europa. Ambos vão receber 15.000 Coroas (moeda da Suécia) e terão o apoio de Torben Grael como uma espécie de mentor.
“Nosso objetivo com as bolsas de estudo é inspirar mais jovens velejadores suecos a se tornar profissionais no futuro. Eu acho que Magnus teria ficado feliz com esse apoio e por servir de inspiração. Esse era o seu sonho”, disse a sócia de Olsson, Viveca Eckeström, que também integra o conselho da fundação.
Mariquita, Chinook, Bufeo Blanco e Wianno venceram a Argentario Sailing Week em Porto Santo Stefano
Quatro veleiros ricos em história vencem os relógios Panerai em disputa pelo relojoeiro desportivo de luxo florentino e patrocinador do Panerai Classic Yachts Challenge
Concluiu-se no dia 22 de junho, em Porto Santo Stefano na Toscana, a 15.a edição do Argentario Sailing Week, a segunda etapa do Circuito Mediterrâneo do Panerai Classic Yachts Challenge, patrocinado pelo 10.º ano consecutivo pelo relojeiro desportivo de luxo florentino.
As excelentes condições meteorológicas, com sol e vento variável entre 7 e 12 nós, permitiram que as 45 embarcações desfrutassem de um total de três longas corridas costeira e barlavento-sotavento, oferecendo um extraordinário espetáculo de vela para todos os entusiastas, vindos de todo o mundo, que se reuniram para assistir às Grandes Dames do Mar em ação.
Os relógios Panerai disputados durante o evento foram conquistados pelo Mariquita (1911) na categoria dos Big Boats, o cúter Chinook (1916) na categoria Vintage, o cúter Marconi Bufeo Blanco (1963) na categoria Clássicos, e a chalupa Wianno (2011) na categoria Espírito de Tradição.
Entre os grupos que foram divididos para a Argentario Sailing Week contemplaram-se também as embarcações de 12 metros, seguindo a Convenção Internacional sobre a Arqueação de Navios, especialmente construídas para participar na Taça América. Vanity V, de 1936, e Vim, de 1939, competiram em seis provas, em percursos separados. Vim, com quatro primeiros lugares e dois segundos, teve a derradeira vitória na sua categoria. Quatro Wianno Seniors também se digladiaram ao longo de sete regatas, em jeito de celebração do centenário da classe, que foi criada em 1914, no Massachusetts. Para esta ocasião, dois dos veleiros foram navegados por equipagens norte-americanas que, desta forma, estabeleceram uma relação estreita com o Wianno Senio Italia, o ponto de referência europeu para a construção destas elegantes chalupas de 7,62 metros.
Nos restantes grupos, os veleiros foram divididos de acordo com o SPM (Segundo Por Milha), número que estabelece quantos segundos por milha devem ser subtraídos ao tempo real de um navio para obter o tempo de compensação para a classificação. Na categoria “Clássico com SPM > 200”, venceu o Namib de 1966 tendo a bordo marinheiros profissionais do calibre de Mauro Pelaschier e Davide Besana. Enquanto na categoria “Clássico com SPM < 120" a vitória foi de Moro di Venezia I, o primeiro veleiro Maxi Yacht IOR italiano que, em 2013, gravou o seu nome no livro de ouro do Troféu Panerai. Em Porto Santo Stefano, o Moro di Venezia I deixou na sua esteira os outros três veleiros da Marinha italiana: Corsaro II, Chaplin e Capricia. Bufeo Blanco tem-se destacado na categoria "Clássicos com SPM > 120″. O Jalina, de 1946, com três pódios consecutivos, conquistou a vitória na categoria “Vintage com SPM > 200”, enquanto o Chinook dominou a categoria “Vintage com SPM < 200".
O Argentario Sailing Week também atraiu muitos veleiros para a parada de inauguração do Panerai Classic Yachts Challenge, provando assim o interesse crescente neste circuito, que este ano celebra o seu 10.º aniversário e tem vindo a fortalecer-se ao longo desta primeira década. Entre eles, conta-se com presença de Eloisa, de 1970, e Endeavour, de 1937, uma chalupa finlandesa especificamente transferida para o Mediterrâneo por uma família suíça.