A Marina da Quinta do Lorde, com o apoio da Marinha Portuguesa Direção de Faróis e o Parque Natural da Madeira, organizou no decorrer do mês de Agosto e Setembro, visitas guiadas ao Ilhéu de Fora e Farol de São Lourenço.Estas visitas foram enquadradas nas Atividades de Sensibilização Ambiental do programa Bandeira Azul 2013 para Marinas e Portos de Recreio, que este ano promove o Património Natural e Cultural Preservação dos Recursos Naturais sustenta um Turismo com Futuro
O Farol de São Lourenço, edificado no Ilhéu da Fora a uma altitude de 103 metros, entrou em funcionamento a 30 de Setembro de 1870, sendo assim o farol mais antigo da Madeira. A sua instalação no extremo sudeste da ilha da Madeira, reveste-se de extrema importância quer para a navegação oceânica proveniente da Europa, Mediterrâneo e África quer para a navegação local de recreio e pesca, provenientes de Porto Santo.
A título de curiosidade o nome do Farol e da península São Lourenço foram atribuídos em homenagem ao navio São Lourenço comandado por Gonçalves Zarco, descobridor do Arquipélago da Madeira.
O Ilhéu de Fora ou Ilhéu de Desembarcadouro é Reserva Natural Integral (declarada em 1982 com o objetivo de preservar a sua fauna, flora e herança geológica), pelo que o acesso está interdito. O único meio de acesso é através do rudimentar desembarcadouro existente no ilhéu, só permitindo a acostagem de botes insufláveis tipo zebro.
As visitas guiadas aconteceram no passado dia 30 de Agosto e 21 de Setembro, permitindo a que 2 Grupos de utentes da Marina, acompanhados por um vigilante do Parque Natural da Madeira e por um faroleiro, tivessem oportunidade de visitar o Farol e perceber a importância do Ilhéu de Fora, enquanto espaço único da biodiversidade e local por excelência para a nidificação de aves marinhas.
O bom tempo permitiu ainda que os utentes pudessem usufruir das águas límpidas do cais com um mergulho, antes de regressarem á Marina da Quinta do Lorde.
A Marinha Portuguesa apoiou esta Acão com a deslocação da lancha Salva-Vidas Senhor Jesus Chagas e um bote tipo Zebro, para o transbordo das pessoas para o Ilhéu. Alguns dos utentes fizeram-se deslocar na sua própria embarcação, tendo ancorado em frente ao ilhéu, e posteriormente transferidos para o ilhéu com o bote da marinha.
De acordo com Paulo Oliveira, Diretor do PNM estas iniciativas são determinantes para o sucesso do trabalho de conservação da biodiversidade efetuado aqui na Madeira. Levar as pessoas a estes locais remotos desperta nelas a curiosidade de saber cada vez mais e de as interessar por estes assuntos. Neste particular, existindo a conjugação de vontades entre diferentes entidades públicas e privadas, fica ainda mais reforçada esta oportunidade.
Visita Farol São Lourenço
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