Desidério Silva, Presidente da direção do Turismo do Algarve, toma uma posição em relação ao atual momento em Portugal.O Algarve e a sua economia não podem mais continuar a ser penalizados em alturas importantes para a atividade turística, como foram estes dias da Páscoa.O Algarve não precisa de barreiras que impeçam os turistas do outro lado da fronteira de visitar, pernoitar, comer e dinamizar a economia da região.
O Algarve precisa de recuperar da crise económica a que se encontra submetido, necessita de mais turistas, de mais dormidas e de maiores receitas. Com tudo isto, ganhará a região e ganhará o País.
Numa economia fragilizada como a do Algarve devem ser asseguradas medidas de relançamento da atividade turística e não de maior constrangimento.
O turismo algarvio depende muito do mercado espanhol, onde o destino realiza grandes ações promocionais, e é sistematicamente confrontado com filas enormes na fronteira junto à ponte internacional sobre o rio Guadiana e métodos de pagamento que fazem com que alguns voltem para trás e que outros nem cheguem a entrar na região.
O setor turístico tem de ser prioritário em todas as suas vertentes e as acessibilidades fazem parte desse primado. É, pois, urgente rever todo o sistema de portagens, sob pena de perdermos quota no mercado espanhol, aumentando o desemprego e arruinando a economia da região.
É importante dar um sinal de optimismo e confiança aos empresários do setor. Pela Páscoa, bem como ao fim de semana de sexta-feira a domingo, as portagens deveriam ser suspensas face à procura por parte dos nossos vizinhos espanhóis. Assim ganharia a economia da região e do País.
Associado a tudo isto, acresce o grande diferencial do IVA cobrado quer na restauração quer no golfe nacional, em comparação com Espanha. Estas razões são mais do que suficientes para se tomarem medidas de apoio ao destino que gera mais receitas turísticas em Portugal.
O Turismo do Algarve está apreensivo
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