Lisboa está de parabéns! Depois do sucesso estrondoso registado em 2012, a Volvo Ocean Race vai manter a capital portuguesa na sua rota de navegação. Em mais uma organização conjunta da Lagos Sports, da Câmara Municipal de Lisboa e da Associação de Turismo de Lisboa, a regata que é considerada a verdadeira Volta ao Mundo à Vela visitará Portugal nas duas próximas edições de 2014-2015 e 2017-2018.”Quando há três anos assegurámos a estreia de Lisboa na Volvo Ocean Race, desde logo tivemos a convicção de que este era um evento que merecia todo o nosso esforço e trabalho, de forma a que o pudéssemos fixar por muitos e bons anos na capital do País, como agora se começa a comprovar. Estamos perante um dos cinco maiores acontecimentos desportivos à escala universal que até 2018, pelo menos, promoverá a imagem do nosso país pelos quatro cantos do mundo, oferecendo uma exposição mediática única e inigualável, como aliás ficou demonstrado aquando da última edição, com a etapa de Lisboa a beneficiar de um retorno mediático internacional de 72 milhões de euros, sem esquecer o impacto económico entre os 29 e 34 milhões de euros”, garante João Lagos.
Lembrando que a primeira passagem da mítica regata por Lisboa foi considerada de “interesse público nacional pelo Conselho de Ministros”, permitindo a requalificação da Doca de Pedrouços no âmbito de um projecto alargado levado a cabo pela Administração do Porto de Lisboa, o presidente do Conselho de Administração da Lagos Sports destaca também o forte empenhamento das autoridades locais e nacionais para que Lisboa se mantivesse na rota da Volvo Ocean Race até 2018.
“Para nós, enquanto promotores do evento, podermos potenciar e elevar de forma tão abnegada a imagem de Lisboa e Portugal além-fronteiras como fazemos há quase 40 anos, é motivo de enorme orgulho, ainda para mais com o nosso trabalho reforçado pela confiança, empenho e dedicação das entidades públicas neste projecto que é um verdadeiro desígnio nacional”, reforça João Lagos, enaltecendo o papel preponderante da Câmara Municipal de Lisboa, da Associação de Turismo de Lisboa, da Administração do Porto de Lisboa, sem esquecer o alto patrocínio do Governo de Portugal, por intermédio do Ministério da Agricultura, do Mar, do Ambiente e do Ordenamento do Território.
Há precisamente três anos, no dia 1 de Março de 2010, quando foi anunciada a estreia de Lisboa na rota da Volvo Ocean Race, António Costa, Presidente da Câmara Municipal de Lisboa, lembrava que “a vocação histórica tão transatlântica da cidade só poderia estar associada à maior aventura oceânica dos tempos modernos”, sendo tal associação um motivo de “honra e orgulho para a cidade de Lisboa”.
Vivida a edição de 2012, o autarca não podia estar mais confiante para este projecto, agora alargado até 2018. A realização da escala da Volvo Ocean Race em Lisboa nas próximas edições, na medida em que se trata de uma das maiores provas náuticas do Mundo, representará uma oportunidade única para promover internacionalmente Lisboa, a sua cultura e património e, como tal, mais um marco importante nesta Cidade eleita como centro de grandes eventos. Por outro lado, este evento constitui igualmente uma oportunidade para promover a prática de hábitos salutares de prática desportiva regular, neste caso relacionados com a vela, modalidade desportiva com grande tradição no país e das poucas que possui praticantes olímpicos medalhados. Existe assim interesse por parte do Município de Lisboa em criar condições para que estas edições possam continuar a ter lugar na cidade de Lisboa, considera o Presidente da Câmara Municipal de Lisboa.
Com a permanência da Volvo Ocean Race em Lisboa, Portugal mantém-se assim nos escaparates desportivos internacionais, sendo parte integrante de um dos cinco maiores eventos à escala mundial a par dos Jogos Olímpicos, Campeonatos do Mundo e da Europa de Futebol, e Ryder Cup (em golfe). Com experiência mundialmente reconhecida na organização de todo o tipo de competições e de vela, claro, o stopover promovido pela Lagos Sports foi considerado talvez um dos melhores de sempre, tendo para tal sido erguida na Marina de Pedrouços uma verdadeira “Cidade da Vela”, que acolheu ao longo de 11 dias mais de 200 mil visitantes, conquistando tudo e todos.
Sendo novamente o porto de chegada da etapa transatlântica, que em 2015 partirá de Newport, Rhode Island, Lisboa voltará a assumir importante papel no plano desportivo do evento. Sermos novamente o porto de chegada de tão importante etapa é mais um factor de prestígio para a cidade de Lisboa, reforçando a sua posição estratégica na competição. Com a frota a sair de Newport, considerado o berço espiritual norte-americano no que à vela diz respeito estando para a modalidade como está o campo do Masters de Augusta para o golfe iremos com certeza retirar tudo o que de mais positivo terá esta nossa ligação a Newport, sempre com o objectivo de que Lisboa se venha a fixar nos próximos anos como o centro de excelência europeu em termos da prática desportiva da vela, reforça João Lagos.
O reflexo da passagem do evento por Lisboa ficou também vincado na economia local. Segundo o estudo efectuado pela PricewaterhouseCoopers Portugal, com base em critérios internacionais de avaliação, o stopover de Lisboa 2012 ofereceu um impacto económico avaliado entre os 29,2 e os 34,4 milhões de euros, tendo um efeito económico directo de 16,4 milhões de euros com os efeitos indirectos e induzidos a saldarem-se entre os 13 e os 18 milhões de euros.
Em termos mediáticos, a presença de Lisboa na rota da Volvo Ocean Race 2011-2012 que teve como pontos altos a chegada da etapa transatlântica vinda de Miami, a Oeiras In-Port Race no rio Tejo e a largada rumo a Lorient no dia da Pátria a 10 de Junho, com o tiro de partida dado pelo Presidente da República, Cavaco Silva, tendo como pano de fundo a nossa Sagres foi alvo de 700 horas de cobertura televisiva. Diariamente registou-se uma média de 45 broadcasts, num total de 1000 transmissões televisivas para uma audiência estimada de 111 milhões de espectadores dispersos por 37 países.
A cobertura escrita do evento chegou a 700 milhões de leitores por via de 1421 artigos publicados – sendo que no universo online o site oficial da prova gerou um total de 5,5 milhões de visitas e 17 milhões de page views, com o canal de YouTube a registar 700 mil visualizações, somente no período compreendido entre a largada da etapa que ligou Miami a Lisboa, a permanência das embarcações na Marina de Pedrouços, e ainda o trajecto até Lorient (França) com passagem ao largo dos Açores.
A juntar a tudo isto, a escala em Lisboa contribuiu para que a última Volvo Ocean Race fosse a mais emocionante no capítulo desportivo. Para lá da primeira e única vitória do Abu Dhabi Ocean Racing, a chegada à capital portuguesa viu o Team Telefónica ceder o primeiro lugar para o Groupama Sailing Team, com a formação francesa a não mais largar a liderança da classificação até à meta final em Galway (Irlanda).
Para a Volvo Ocean Race 2014-2015, além dos portos de escala já anunciados em Alicante (Espanha), Recife (Brasil), Abu Dhabi, Auckland (Nova Zelândia), Itajaí (Brasil), Newport (EUA), Lisboa (Portugal) e Gotemburgo (Suécia), outras novidades foram já desvendadas. O anterior veleiro Volvo Open 70 dará lugar aos novíssimos Volvo Ocean 65, registando-se ainda o regresso das senhoras à mais dura regata do mundo, com a inclusão de uma equipa cem por cento feminina pronta a ombrear com os mais destemidos velejadores do planeta.
Volvo Ocean Race com Lisboa na rota das edições 2014-2015 e 2017-2018
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