O tradicional barco de água-arriba volta às águas do Rio Lima

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A obra de um antigo emigrante e um grande apaixonado pelo rio Lima, Manuel João Sousa Castro (Caninhas)

Mais de seis décadas após a sua “extinção”, o Água-arriba, o barco histórico que cruzava as margens do Lima, volta à terra e ao Rio que outrora subiu.

Fruto da iniciativa do Município de Ponte de Lima, este que é o maior barco do género, no Lima, é lançado à água na próxima sexta-feira, 30 de Agosto, pelas 17h30.
O objetivo passa não só pela implementação de um projeto turístico náutico, mas por fins pedagógicos, e de preservação ativa da tradição, património e cultura limiana, já que são escassos os exemplares deste tipo.
Perde-se no tempo a memória da origem desta embarcação, que partia pela Ribeira Lima, rumo às duas feiras mais importantes: Ponte de Lima e Viana.

Na fase de construção, Caninhas verifica todos os pormenores.

Estes que foram dos mais emblemáticos barcos de trabalho do Rio Lima saíam dos ancoradouros na hora da maré, de leme em mão, para que a corrente pudesse ser aproveitada. A vela era usada sempre que o vento o permitia. Mediam entre 12 a 15 metros, e os seus compartimentos eram ocupados por pessoas, animais e mercadorias.
O novo “água-arriba”, construído de forma artesanal com técnicas que passaram ao longo de gerações, respeita a tradição dos materiais e ferramentas. Com 15 metros e capacidade para 30 pessoas, este barco histórico volta, na próxima sexta-feira, a navegar nas águas do Rio Lima.

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