Oceanário de Lisboa e Fundação Oceano Azul atribuem financiamento a projetos científicos para a conservação das raias e tubarões
O Oceanário de Lisboa e a Fundação Oceano Azul atribuíram hoje (07.12.17) 100 mil euros aos melhores projetos para a conservação das raias e tubarões. A 1ª edição do “FUNDO para Conservação dos Oceanos” sob o tema “Raias e tubarões. Da escuridão para a luz da ciência.” premiou três projetos, selecionados entre 23 candidaturas.
Os projetos selecionados destacam-se pela excelência das propostas apresentadas no âmbito da conservação das raias e tubarões. Este grupo de peixes cartilagíneos apresenta crescimento lento, tardia maturidade sexual e baixo número de descendentes. A combinação destes fenómenos faz com que a sua captura, em geral como pesca acessória (bycatch), os coloque numa situação altamente delicada em termos de conservação, constituindo um dos grupos de peixes mais ameaçados à escala global.
Para João Falcato, CEO do Oceanário de Lisboa e administrador da Fundação Oceano Azul, “É urgente reunir esforços para a conservação do oceano. Através deste FUNDO, o Oceanário e a Fundação Oceano Azul reforçam a sua missão ao promover o conhecimento sobre estes animais, possibilitando uma conservação mais eficaz e efetiva e a manutenção da biodiversidade existente”.
Os projetos vencedores da 1ª edição do “FUNDO para a Conservação dos Oceanos” foram:
IslandShark – Oceanic islands as Essential Habitat for Sharks | Universidade dos Açores/ OMA- Observatório do Mar dos Açores;
FindRayShark – Applying innovative technologies to the conservation of rays and sharks | MARE- Centro de Ciências do Mar e do Ambiente;
Shark Attract – Sharks and Rays conservation by enhancing awareness within fishermen communities and society | MARE- Centro de Ciências do Mar e do Ambiente.
Os três projetos vencedores abordam diferentes temáticas, desde habitats e ecossistemas, tecnologia ao serviço da conservação e o envolvimento da sociedade. No seu conjunto estes projetos terão impacto significativo na evolução da competência e capacidade de proteger as raias e tubarões.
Os projetos selecionados cumpriram todos os rigorosos critérios de avaliação do júri internacional de renome, que apoiou o Oceanário de Lisboa e a Fundação Oceano Azul na concretização do prémio. A elevada qualidade das candidaturas apresentadas levou à decisão em eleger três vencedores. O júri integrou as seguintes personalidades:
Sarah Fowler, Founding Trustee da Shark Trust, ex. Co-Chair do Shark Specialist Group da IUCN’s Species Survival Commission, Investigadora principal da Save our Seas Foundation.
Paul Cox – Diretor do Shark Trust
Simon Pierce – Co-fundador e investigador principal da Marine Megafauna Foudation e também membro do Shark Specialist Group do IUCN.